Governo prevê déficit de R$ 419 bi nas contas públicas em 2020, maior valor da série histórica

O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, informou nesta quinta-feira (2) que o governo federal aumentou a previsão de déficit nas contas públicas para R$ 419,2 bilhões em 2020.

Audiência Pública sobre O PL 5/19-CN. Secretário Especial de Fazenda, Waldery Rodrigues Júnior e Ministro da Economia, Paulo Guedes
Segundo secretário de Fazenda, revisão foi motivada por medidas econômicas adotadas para enfrentamento da crise do coronavírus. Déficit previsto no Orçamento era de R$ 124 bi.

TNM/Por Laís Lis e Gustavo Garcia, G1 — Brasília

O secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, informou nesta quinta-feira (2) que o governo federal aumentou a previsão de déficit nas contas públicas para R$ 419,2 bilhões em 2020.

Waldery deu a informação em uma entrevista coletiva no Palácio do Planalto ao lado de outros integrantes da equipe econômica. O orçamento de 2020, sancionado em janeiro pelo presidente Jair Bolsonaro, previa déficit de R$ 124 bilhões.

Conforme Waldery Rodrigues, o aumento na previsão do déficit foi motivado pelo aumento de gastos relacionado a medidas de combate ao avanço da crise do coronavírus. Segundo o secretário, essas medidas somam R$ 224,6 bilhões.

Ainda segundo Waldery, se confirmado o déficit de R$ 419,2 bilhões, o valor será o maior da série histórica. Ele afirmou também que o valor é uma estimativa e pode ser revisada mais adiante.

Déficit das contas públicas
Resultados dos últimos 5 anos

Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional/Ministério da Economia

Medidas econômicas

Segundo o secretário, entre as medidas adotadas pelo governo, a que causará maior impacto fiscal será o auxílio de R$ 600 para trabalhadores informais. A medida tem impacto estimado de R$ 98,2 bilhões.
O texto foi aprovado pelo Congresso Nacional, e o presidente Jair Bolsonaro já informou ter assinado o texto. Mas a sanção ainda não foi publicada no “Diário Oficial da União”.

A segunda medida com maior impacto financeiro, segundo o governo, será o programa de manutenção de empregos que prevê a redução de salário e jornada de trabalho. A medida tem um impacto estimado de R$ 51,2 bilhões.

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