Entidades judaicas condenam fala de Weintraub: Abraham Weintraub, VERGONHA NACIONAL

VERGONHA NACIONAL: Ministro da Educação comparou mandados no inquérito das fake news com infame "Noite dos Cristais", episódio que marcou o início do Holocausto. Para Comitê Judaico Americano, um insulto às vítimas do terror nazista.

Bolsonaro diz que 'por enquanto' Weintraub será mantido à frente ...

© Agência Brasil/Rafael Carvalho/Divulgação Casa Civil Weintraub foi convocado a depor no âmbito do inquérito das fake news

TNM/dw.com

Ministro da Educação comparou mandados no inquérito das fake news com infame “Noite dos Cristais”, episódio que marcou o início do Holocausto. Para Comitê Judaico Americano, um insulto às vítimas do terror nazista.

Entidades judaicas reagiram com repúdio a postagens no Twitter do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que comparou a operação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal na quarta-feira (27/05) no inquérito das fake news à Noite dos Cristais e ao nazismo.

Em sua conta no Twitter, que tem mais de 800 mil seguidores, Weintraub disse que o episódio “será lembrado como a “noite dos cristais brasileira”. “Profanaram nossos lares e estão nos sufocando”, escreveu. Em outra postagem, o ministro disse que cresceu “escutando como os Weintraub foram caçados e como sobreviveram ao inferno de Hitler”.

Imagem

VERGONHA NACIONAL, Abraham Weintraub. O cúmulo do ridículo.

Bolsonaro diz que 'por enquanto' Weintraub será mantido à frente ...

Abraham Weintraub

@AbrahamWeint

Hoje foi o dia da infâmia, VERGONHA NACIONAL, e será lembrado como a Noite dos Cristais brasileira. Profanaram nossos lares e estão nos sufocando. Sabem o que a grande imprensa oligarca/socialista dirá? SIEG HEIL!

Comparações recorrentes com o nazismo

Não é a primeira vez que membros do governo de Jair Bolsonaro fazem comparações com o nazismo. No mês passado, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, comparou o isolamento social para conter o coronavírus aos campos de concentração nazistas que mataram milhões de judeus.

Em janeiro, o secretário especial de Cultura Roberto Alvim foi demitido após uma onda de repúdio por causa de um discurso no qual fez uso de trechos plagiados de uma fala do antigo ministro nazista Joseph Goebbels (1897-1945).

Em abril de 2019, políticos de todos os partidos que compõem o Parlamento alemão condenaram as declarações de Bolsonaro e de Araújo de que o nazismo teria sido um movimento de esquerda. Também em abril do ano passado, durante um evento com evangélicos no Rio de Janeiro, Bolsonaro sugeriu que se pode “perdoar, mas não esquecer” o Holocausto.

Na ocasião, o Centro de Memória do Holocausto Yad Vashem, em Israel, divulgou um comunicado dizendo ninguém tem o direito de determinar se os crimes hediondos do Holocausto podem ser perdoados.
LE/ots

 

Veja também: