Só uma coisa é unânime nesse momento crucial que o Brasil enfrenta em meio a pandemia causada pelo coronavírus: o governo Bolsonaro acabou.
Mas, a culpa de o governo ter acabado não é da pandemia causada pelo vírus; o primeiro ano do governo, quando não havia ainda a pandemia, já sinalizava nessa direção.
Despreparado, o presidente Jair Bolsonaro provocou crises dentro do seu próprio grupo de apoiadores, rompendo com o partido pelo qual se elegeu e agredindo antigos e fiéis aliados, a quem deve favores impagáveis.
Ele incentivou, estimulou e participou de ataques aos demais poderes, assumindo postura inaceitável para um presidente da República.
Achando pouco, mirou nos ataques os chefes de estados de nações poderosos como a França, a Alemanha e a China. Desrespeitou e agrediu lideranças latinas, incluindo mulher, criando problemas diplomáticos.
Enquanto isso, o país vai se afundando em meio a maior crise econômica e de saúde pública do século. Os efeitos da crise no Brasil serão maiores e mais graves, exatamente porque o país não tem um presidente.
Pior: o presidente brasileiro perdeu o respeito e virou motivo de chacota mundial; Bolsonaro inspira os chargistas internacionais, como nunca se viu antes em relação a um presidente brasileiro.
Sendo assim, não é de estranhar a maracutaia do governo para retirar do país, às pressas, a figura escrota de Abrahãao Weintraub, o pior ministro da Educação, um ser desqualificado e imundo.
Só que, o governo brasileiro não se deu conta, ou se deu conta e acredita na proteção e na conivência do presidente Donald Trump, ter cometido crime quando ajudou Weintraub a fugir.
Sim, Weintraub não viajou; Weintraub fugiu e entrou ilegalmente nos Estados Unidos, de acordo com a lei norte-americana, que difere do Brasil.
No Brasil, a demissão de um ministro, seja a pedido ou não, só vigora após a publicação no Diário Oficial da União. Nos Estados Unidos, não é assim; a demissão se dá no ato do pedido e, sendo dessa forma, Weintraub tentou burlar a lei norte-americana, quando usou indevidamente o passaporte diplomático.
Isso são coisas de um país sem governo, que perdeu o rumo e o respeito. O governo acabou, mas ainda resta o Brasil.