BRASÍLIA – Carta ambiental assinada por 17 ex-ministros da Fazenda e ex-presidentes do Banco Central cobra do governo brasileiro ações para que o desmatamento tanto da Amazônia quanto no cerrado caia para zero. Divulgado nesta terça-feira, 14, o documento propõe diretrizes para o alcance da chamada economia de baixo carbono, como o investimento em novas tecnologias e o aumento da cooperação internacional.Como mostrou o Estadão/Broadcast na semana passada, o objetivo da carta é propor uma virada na gestão ambiental para que haja uma “recuperação verde” da economia brasileira após a crise decorrente da pandemia de covid-19.

“Nós, ex-ministros da Fazenda e ex-presidentes do Banco Central do Brasil, defendemos que critérios de redução das emissões e do estoque de gases de efeito estufa na atmosfera, e de resiliência aos impactos da mudança do clima sejam integrados à gestão da política econômica. Esses critérios já são, e serão cada vez mais, baseados em tecnologias compatíveis com o aumento da produtividade da nossa economia, a geração de empregos e a redução da desigualdade no Brasil”, afirma a carta, coordenada pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS) e pelo Instituto O Mundo Que Queremos.

Segundo o Inpe, desmatamento na Amazônia em junho foi o maior em 5 anos.