MILÃO (Reuters) – Menos estrelas da lista A sairão de festas ao longo da lagoa para serem abordadas por paparazzi em barcos. Mas os organizadores do festival de cinema de Veneza deste ano estão prometendo muitos filmes –em telas reais diante do público– pela primeira vez desde que a pandemia paralisou o showbiz.TNM/Por Silvia Aloisi

Mais de 50 países participarão do que pretende ser o primeiro grande festival de cinema de forma presencial da era Covid, de 2 a 12 de setembro.

“Salvamos o coração do festival”, disse o diretor do festival, Alberto Barbera, que apresentou a programação em uma entrevista coletiva ao vivo.

As temperaturas serão verificadas, todos os segundos assentos nos cinemas serão deixados vazios e até críticos de cinema credenciados terão que reservar seus assentos com antecedência. O número de filmes foi reduzido, afirmou Barbera, mas “não muito”.

A programação principal do prêmio Leão de Ouro de melhor filme incluirá 18 títulos, em comparação com 21 no ano passado. Apenas duas são produções de estúdio dos Estados Unidos: “Nomadland”, um drama da diretora chinesa baseada nos EUA Chloé Zhao estrelado por Frances McDormand, e “The World To Come”, com Casey Affleck.

Eles competirão contra obras de Amos Gitai, de Israel, e Andrei Konchalovsky, da Rússia, e quatro filmes italianos, incluindo “Notturno”, de Gianfranco Rosi, sobre o conflito sírio.

Os títulos fora da competição incluem “The Duke”, uma comédia policial do diretor de Notting Hill, Roger Michell, estrelado por Helen Mirren, e “Greta”, um retrato documental da ativista climática sueca Greta Thunberg.

“Não temos orgulho de sermos os primeiros. Gostaríamos que todos os festivais acontecessem e essa situação não tivesse ocorrido”, disse Roberto Cicutto, presidente da Bienal que dirige o festival. “Mas estamos satisfeitos com o que conseguimos organizar.”

(Reportagem de Silvia Aloisi)