Filho de Crivella movimentou R$ 2 milhões em pouco mais de 1 ano, diz Coaf

Marcelo Hodge Crivella, filho do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), foi citado em 1 relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). Segundo o conselho, ele movimentou R$ 2 milhões de maio de 2017 a julho de 2018. Parte das transações, R$ 153 mil, foi feita em espécie.
TNM/Poder360

Marcelo Hodge Crivella, filho do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), foi citado em 1 relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). Segundo o conselho, ele movimentou R$ 2 milhões de maio de 2017 a julho de 2018. Parte das transações, R$ 153 mil, foi feita em espécie.

As informações foram divulgadas nessa 6ª feira (25.set.2020) em reportagem da Globonews.

O relatório foi anexado ao inquérito que investiga o esquema de corrupção na prefeitura, chamado de “QG da Propina”, no qual empresários pagavam valores em troca de contratos com a prefeitura.

A conta de Marcelo Hodge Crivella foi usada, segundo o relatório do Coaf, para receber recursos expressivos que eram imediatamente enviados para outras contas, sem motivo aparente.

O Coaf exemplifica o esquema com duas movimentações. Em 11 de dezembro de 2017, o filho de Crivella recebeu R$ 7.500 de sua própria empresa, a MHC Consultoria e Assessoria. Logo depois, depositou R$ 6.000 para a Igreja Universal do Reino de Deus.

Em junho de 2018, Marcelo Hodge Crivella recebeu da MHC o valor de R$ 12.000. Em seguida, transferiu todo o valor para a Universal. De acordo com a reportagem, R$ 245 mil foram enviados para a Igreja Universal, denominação na qual o prefeito do Rio é bispo licenciado.

No relatório, o Coaf diz que “além das movimentações havidas em conta estarem incompatíveis com a capacidade financeira declarada pelo cliente, a conta aparentemente está sendo utilizada para o trânsito de recursos de terceiros, tendo em vista o recebimento e o envio de recursos de maneira imediata e depósitos em espécie”.

As movimentações atípicas apontadas pelo Coaf não são necessariamente operações ilegais.

A reportagem procurou o advogado de Marcelo Hodge Crivella, que não retornou o contato. A prefeitura declarou que o assunto não diz respeito ao município e que, por isso, não se manifestaria. A Igreja Universal não respondeu.

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