Série especial celebra os 50 anos do Estádio Rei Pelé

O Trapichão, como é carinhosamente chamado, foi inaugurado no dia 25 de outubro de 1970, com uma partida empolgante: Santos X Seleção Alagoas. O jogo simbólico tinha como propósito inaugurar o estádio na presença do grande homenageado: o Rei Pelé.
Com depoimentos marcantes, produção tem participação de grandes nomes, como Lauthenay Perdigão, Márcio Canuto, Zagallo e Pelé
 TNM/Por Maylson Honorato | Portal Gazetaweb.com    

Série de reportagens conta história do Trapichão e traz depoimentos de nomes emblemáticos do futebol alagoano

FOTO: ARQUIVO GA

Estádio Rei Pelé completa nesta sexta 43 anos de histórias marcantes |  globoesporte.com

Os 50 anos do Estádio Rei Pelé serão comemorados com uma série de reportagens especiais, com depoimentos das pessoas que fizeram história no maior palco do futebol alagoano – dentro e fora das quatro linhas.

De hoje (5) até o aniversário do Trapichão, no dia 25 de outubro, episódios inéditos da série “Estádio Rei Pelé – 50 anos” serão exibidos na TV Mar (25 e 525 da Net Claro), de segunda a sexta, sempre às 11h30, com reprise às 17h30. E também no portal Gazetaweb.com.

Além dos vídeos, aspectos relevantes e curiosos da história do Trapichão serão abordados em reportagens, com imagens e informações exclusivas, tornando a iniciativa um registro histórico que marca o meio século do templo sagrado do nosso futebol.

Fernando James, diretor comercial da Organização Arnon de Mello, ressalta que a primeira websérie da OAM chega conectada com o público. Para tornar a ideia uma realidade, ele evidencia o apoio de empresas como a Alagoas Ambiental, Hospital Veredas, Condominio Vista Lagoa, Uninassau, Hapvida e Naturalle.

“Reunimos figuras ilustres, como Márcio Canuto, repórter que atuou na inauguração do estádio, o repórter e historiador Lauthenay Perdigão, Dr. Vinícius Maia Nobre, engenheiro chefe da construção do Trapichão, Arivaldo Maia, narrador esportivo da inauguração, o repórter Walmari Vilela, ex-jogadores e figuras emblemáticas, como Zagallo e o Rei Pelé, que contarão sobre suas experiências e emoções em relação ao imponente estádio”, revela o diretor.

UM GRAMADO QUE VIRA PALCO

Walmari Vilela diz que Trapichão é “templo sagrado” e convida torcedores a contemplar futebol como um grande espetáculo

FOTO: AILTON CRUZ

O gramado vira palco, os refletores se transformam em iluminação cênica. É assim que Walmari Vilela vê o espetáculo da bola no Estádio Rei Pelé. Veterano da crônica esportiva alagoana, Vilela é o primeiro personagem da série comemorativa e revela detalhes do grande dia da inauguração e da relação que ele possui com o Trapichão.

“Quantas vezes você sai de casa para ir ao Teatro Deodoro, ao Teatro Sérgio Cardoso, você vai assistir a uma peça de teatro? Coloque na relação dos teatros da sua vida, você sair de casa para ver o jogo no Estádio Rei Pelé. Você não senta naquelas cadeiras para assistir um jogo apenas”, diz o jornalista.

A PRIMEIRA PARTIDA

O Trapichão, como é carinhosamente chamado, foi inaugurado no dia 25 de outubro de 1970, com uma partida empolgante: Santos X Seleção Alagoas. O jogo simbólico tinha como propósito inaugurar o estádio na presença do grande homenageado: o Rei Pelé.

Pelé foi o responsável por descerrar a placa e declarar inaugurado o estádio e, lembra Walmari, concedeu uma entrevista à Arivaldo Maia, à época, dizendo que estava surpreso com a dimensão daquela obra.

Em 1970, o Santos de Pelé era um dos times mais celebrados do mundo e causou um grande alvoroço em Alagoas. O Trapichão foi inaugurado na presença de um público estimado em 45.865 espectadores. Esse número, porém,  é contestado por Vinícius Maia Nobre, engenheiro do estádio, que afirma que havia 53 mil pessoas presentes no dia histórico.

O placar da primeira partida no Estádio Rei Pelé já mostrava que o local seria palco de grandes emoções. O Santos venceu com uma goleada: 5×0.

O primeiro gol não foi do Rei, mas do meia Douglas, que foi premiado com uma medalha de ouro pesando 100 gramas e avaliada em 2 mil cruzeiros.

Os registros e testemunhas contam que a torcida deu um show à parte, vibrando a cada lance e indo ao delírio sempre que Pelé mostrava o motivo de ser considerado o maior jogador de todos os tempos.

 

Pelé marcou dois gols no jogo que inaugurou o gramado mais importante de Alagoas

FOTO: REPRODUÇÃO/ARQUIVO GA

Por falar no Rei, ele não poderia sair da disputa sem marcar. E marcou duas vezes. Os dois gols de Pelé (30 e 42 do primeiro tempo) foram comemorados como se fossem da Seleção Brasileira numa final de Copa do Mundo. Os outros dois gols foram de Neném (38 e 40 minutos do primeiro tempo).

A Seleção de Alagoas entrou em campo com Cocorote, Ciro, Dida, Lourival e Aranha; Rinaldo e Zito; Canavieira, Adeildo, Zezinho e Canhoteiro. Já o elenco do Santos era formado por Cejas, Carlos Alberto Torres, Djalma Dias, Marçal (Ramos Delgado) e Rildo; Clodoaldo (Lima) e Nenê; Davi, Douglas, Pelé (Luz Carlos Feijão) e Abel. O juiz da partida foi Armando Marques.

Não perca nenhum lance:

A websérie “Estádio Rei Pelé – 50 anos” vai ao ar de segunda a sexta, às 11h30 e às 17h30, na TV Mar (25 e 525 da Net Claro), durante o Canal Esportes, apresentado por Wyderlan Araújo; e no Portal Gazetaweb.com. Além dos episódios com depoimentos marcantes, reportagens serão publicadas diariamente, também no portal Gazetaweb, até o dia do aniversário do Trapichão, em 25 de outubro.

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