Este deputado eleito do Fidesz, partido húngaro de extrema direita associado ao grupo parlamentar PPE, anunciou no domingo a sua saída do Parlamento Europeu e da vida política, garantindo que isso “não tem nada a ver” com os debates políticos atuais sobre o Estado de direito em seu país.
Na terça-feira, enquanto o diário flamengo Het Laatste Nieuws noticiava a sua presença nesta noitada, que deu origem a cerca de vinte detenções na sexta-feira (27), ele próprio deu detalhes de sua participação no evento. “Lamento profundamente esta violação das restrições anti-Covid. Foi irresponsável da minha parte. Estou disposto a pagar a multa prevista neste caso” (€ 250, cerca de R$ 1.580), explicou Szajer em texto divulgado pelo PPE.
“Peço desculpas à minha família, aos meus colegas e aos meus constituintes”, acrescentou, evocando “um erro estritamente pessoal”, sem dar mais detalhes.
“Orgia no lockdown”
O diário belga DH descreveu a noite como uma “orgia no lockdown”, em um país onde as “festas da quarentena” (noites ignorando o toque de recolher) são frequentemente interrompidas pela intervenção da polícia a partir da segunda onda de Covid-19.
Desta vez foram “25 homens nus” que foram encontrados “no chão de um bar” localizado no centro da cidade, não muito longe da esquadra central de Bruxelas, afirmou o DH. “Um deles, eleito para o Parlamento Europeu, tentou fugir por uma sarjeta quando a polícia chegou e foi detido por uma patrulha que veio como reforço”, publicou o jornal.
“As mãos do homem estavam ensanguentadas e é possível que tenha se ferido durante a fuga”, notou o Ministério Público de Bruxelas, que identificou o culpado com as suas iniciais, “SJ”, nascido em “1961” .
No seu comunicado de imprensa, Szajer confirmou que mencionou o seu papel como deputado ao Parlamento Europeu quando foi detido e explicou que foi levado de volta para a sua casa pela polícia.
De acordo com a promotoria, cerca de 20 pessoas no total foram multadas. Além do deputado, havia também dois diplomatas durante a orgia gay.
(Com informações da AFP)