Morreu em Arapicara (AL), após reinfecção da covid-19, a enfermeira Priscila Veríssimo, de apenas 35 anos.
A enfermeira de 35 anos já havia sido infectada pela covid-19 e, portanto, tinha certeza que não pegaria a doença novamente. Importante ressaltar que pesquisas sobre reinfecção ainda estão em andamento no Brasil e não há nada que garanta imunidade para os que já tiveram o vírus.
Priscila Veríssimo foi demitida do hospital onde trabalhava por se negar a receber a primeira dose da vacina. A enfermeira contraiu a covid-19 novamente há poucos dias e morreu na quarta-feira (24) por complicações provocadas pelo novo coronavírus. Ela deixa um filho de dois anos. O Complexo Hospitalar Manoel Andre (CHAMA) não se pronunciou sobre o falecimento da ex-funcionária.
O Brasil vacinou por volta de 3% da população em quase dois meses de imunização. O número é muito baixo para um país de 210 milhões de habitantes e que já perdeu cerca de 250 mil pessoas para a covid-19 em apenas um ano. Por isso, a vacina é a única saída para a maior crise sanitária da história da humanidade.
“Eu tenho me perguntado muito: qual é o valor da vida no Brasil? Que valor os políticos dão para a vida do cidadão se não fecham as atividades num lugar com 100% de ocupação dos leitos? Ter que preservar a economia é não só uma falsidade econômica como demonstra completa falta de empatia com a vida das pessoas. O que mais me assusta é o pouco valor à vida. Os políticos são o primeiro componente, mas a sociedade também. Porque, quando alguém vai a uma festa clandestina de fim de ano, de carnaval, se aglomera numa balada ou à beira do campo de futebol, não compromete só sua saúde, mas a vida dos seus familiares, seus vizinhos e das pessoas que nem conhece. Nossa sociedade em algum momento perdeu a conexão com o quão irreparável é a vida”, disse ao jornal O Globo o médico e neurocientista Miguel Nicolelis.