O anúncio foi feito durante encontro por videoconferência do governador com 618 prefeitos e prefeitas do Estado sobre a situação da pandemia em São Paulo. As compras devem ser oficializadas apenas em abril, após a entrega do último lote do Butantan ao Ministério da Saúde.A vacina da Pfizer é a única que já foi aprovada no Brasil para uso definitivo. A CoronaVac também pode ser aplicada na população porque tem o uso emergencial aprovado. No entanto, a vacina Sputnik V não tem autorização para uso nem definitivo nem emergencial e não pediu a análise pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) até o momento.

A compra e distribuição de vacinas por Estados e municípios foi aprovada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em 23 de fevereiro. A permissão é válida se o governo federal não cumprir o PNI (Plano Nacional de Imunizações) ou as doses previstas no documento não forem suficientes. Mas as vacinas compradas pelos governos estaduais e municipais precisam ter a aprovação para uso da Anvisa.

Doria não deu detalhes sobre a negociação nem sobre quando a vacina russa vai pedir o registro para a Anvisa. A agência deve visitar o laboratório da União Química, que deve produzir a Sputnik V no Brasil, de 8 a 12 de março.

Covid-19 em São Paulo

Na reunião com o governador, prefeitos de São Paulo pediram medidas mais restritivas para conter o avanço do coronavírus no Estado. Na 3ª feira (2.mar), o Estado registrou 468 mortes, o número mais alto desde o início da pandemia. No total, são 60.381 vidas perdidas.

São Paulo, segundo dados desta 4ª feira (3.mar), já acumula 2.068.616 de casos de infecção por coronavírus. Atualmente, existem 7.415 pacientes internados em UTIs, outro recorde. “As duas piores semanas desde o início da pandemia estão por vir, nós temos que estar preparados”, disse Doria.

Até o momento, 2.721.695 pessoas foram vacinadas contra a covid-19 em São Paulo, segundo o governo do Estado. Dessas, 628.949 receberam também a 2ª dose e estão imunizadas contra a doença.