Apesar de mansão, Flávio Bolsonaro mantém imóvel funcional do Senado

A informação é do site do Senado federal, consultado neste domingo (7.mar.2021).
TNM/Poder360

Poder360 teve acesso ao documento, que registra a aquisição da casa por Flávio e sua mulher, Fernanda Antunes Bolsonaro. O documento é de 29 de janeiro e a venda foi realizada pela imobiliária RVA Construções e Incorporações S/A representada por seu presidente Juscelino Sarkis. Segundo a escritura pública, o valor avaliado da propriedade é ainda maior que o pago pelo senador: R$ 6,15 milhões.

Apesar de não estar, de fato, ocupando o apartamento, a prática é permitida pelo Senado federal. Os congressistas em exercício têm o direito de escolher entre receber um auxílio-moradia no valor de R$ 5.500 ou fazer uso de um imóvel funcional. A regra não apresenta nenhum impedimento para o caso dos senadores que dispõem de imóveis próprios.

“Os senadores, durante o período do mandato, fazem jus a um apartamento funcional, cuja entrega estará condicionada à disponibilidade de imóveis por parte do Senado, bem como à prévia assinatura de termo de ocupação de imóvel”, diz o texto.

A assessoria do senador não souber responder aos questionamentos do Poder360 sobre a desocupação do imóvel.

Segundo fontes ouvidas pelo O Globo, as chaves da nova casa foram entregues a Flávio Bolsonaro no dia 23 de dezembro. Devido às festas de fim de ano, o senador só passou a ocupar o imóvel após o réveillon.

Em divulgação da mansão, a imobiliária Alladyno Imóveis publicou um vídeo em seu perfil no Facebook. Assista ao vídeo:

Reprodutor de vídeo de: YouTube (Política de PrivacidadeTermos)

Flávio Bolsonaro nega irregularidades na compra de mansão. “Eu vendi um imóvel que eu tinha no Rio de Janeiro, vendi uma franquia que possuía, também no Rio de Janeiro, e dei entrada numa casa aqui em Brasília. E a maior parte do valor dessa casa está sendo financiada com o banco com uma taxa que foi aprovada conforme o rendimento familiar, como qualquer pessoa no Brasil pode fazer”, declarou o senador.

A assessoria do senador confirmou ao Poder360 que a franquia que ele vendeu no Rio de Janeiro foi a da Kopenhagen, que é alvo de investigação do MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) pela suspeita de ter sido utilizada para lavagem de dinheiro obtido a partir de um esquema de “rachadinha.

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