© Ansa Brasil Protesto de indígenas contra políticas do governo Bolsonaro
A iniciativa dá sequência a uma campanha semelhante lançada na semana passada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e que cobra a Casa Branca a não firmar acordos “a portas fechadas” com o Palácio do Planalto.
Bolsonaro negocia com os EUA um acordo para obter financiamentos para proteger a Floresta Amazônica e chegou a prometer a eliminação do desmatamento ilegal no Brasil até 2030, compromisso inédito em seu mandato.
No entanto, os Estados Unidos já indicaram que só devem liberar recursos após o governo brasileiro apresentar resultados concretos. No poder desde janeiro, Biden vai organizar uma cúpula de líderes para discutir a crise climática em 22 e 23 de abril, e espera-se que a Amazônia, maior floresta tropical do mundo, seja um dos temas em pauta.
Em março, o desmatamento no bioma atingiu o maior valor em 10 anos, com 810 quilômetros quadrados de vegetação destruídos, um aumento de 216% em relação ao mesmo período de 2020, segundo o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
“Desde que Bolsonaro assumiu o cargo, em janeiro de 2019, a legislação ambiental foi sistematicamente enfraquecida e as taxas de desmatamento triplicaram. As terras indígenas, que são as mais protegidas da Amazônia, foram invadidas, desmatadas e queimadas impunemente. Os direitos dos povos indígenas, guardiões da floresta, foram violados por Bolsonaro e seu governo”, afirma a carta dos artistas. (ANSA