Deputados criticam Braskem por acordos e propõem opinião imparcial para fixar indenização

Parlamentares alegam que os moradores e comerciantes estão ‘reféns’ da petroquímica

Parlamentares alegam que os moradores e comerciantes estão ‘reféns’ da petroquímica

A maneira como a Braskem vem atuando nas tratativas para acordo de indenização aos danos materiais causados pelo afundamento do solo em diversos bairros da capital foi, mais uma vez, alvo de críticas pelos deputados estaduais na sessão da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE). Alegando que os moradores e comerciantes estão ‘reféns’ da petroquímica, eles propõem que uma terceira opinião técnica seja considerada no momento de se fixar o valor dos imóveis a serem indenizados.

Os estudos do Serviço Geológico do Brasil revelaram que a instabilidade na região do Pinheiro e adjacências foi provocada pela intensa extração de sal-gema, cuja responsável é a multinacional.

Em discurso na tribuna do Legislativo, na manhã desta quinta-feira (6), o deputado Ronaldo Medeiros (MDB) acusou a Braskem de humilhar as pessoas afetadas pelo problema, por serem obrigadas a aceitar valores ínfimos, propostos pela empresa, muito aquém do que valeriam os imóveis.

“Ela [a Braskem] tem agredido constantemente a população, faltando com respeito às pessoas e, quando a família não aceita, pedindo uma reavaliação do valor proposto, aí tem que aguardar uma carta por muito tempo. A empresa força, com isso, que as pessoas aceitem o que ela quer pagar. O valor não dá para comprar algo parecido e nem genérico”, destacou o parlamentar.

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