Ato cobra retomada gradual do setor de eventos com regras sanitárias

Trabalhadores dizem estar no fundo do poço e apelam por incentivos do poder público

Trabalhadores dizem estar no fundo do poço e apelam por incentivos do poder público

Vestidos com camisetas na cor preta e segurando cartazes com mensagens em que apresentam a dura realidade que enfrentam, artistas e trabalhadores do setor de eventos fizeram um ato, na manhã desta segunda-feira (10), em trecho da Rua Sá e Albuquerque, no bairro de Jaraguá, em Maceió. Eles cobram retorno das atividades com cumprimento de regras sanitárias.

Recentemente, representantes destes dois segmentos entregaram uma carta ao secretário estadual de Saúde, Alexandre Ayres, listando os enormes prejuízos desde o começo da pandemia e apontando as saídas que podem ser adotadas para a retomada gradativa do trabalho. As casas de eventos estão fechadas enquanto dura a fase vermelha do protocolo de distanciamento social controlado.

protestoeventosemjaragua6.jpg – Foto: Nil Oliveira

Cerimonialista e presidente da Associação dos Assessores Cerimoniais de Alagoas, Helion Dionísio relata que o período é catastrófico para quem faz eventos no Estado. “Desde o início está ruim. Literalmente paramos, não ficamos como os bares, que retornaram. Entre outubro e março eu fiz apenas um evento”, lamenta.

Ele anuncia que há uma audiência marcada com o Ministério Público de Alagoas (MPAL) para esta terça-feira (11), na qual o segmento irá relatar o drama vivido pelos artistas e empresários, além de pedir a ajuda para interceder, junto ao Governo do Estado, pelo processo de flexibilização.

protestoeventosemjaragua5.jpg – Foto: Nil Oliveira

“Ou a gente volta, ou o Ministério Público diz ao Governo que vai ter que pagar pra gente sobreviver. As casas estão fechadas, não tem incentivo nenhum do poder público”, destaca.

A decoradora Aline Chagas diz estar ansiosa pelo retorno das atividades. “O que andam dizendo é que as festas infantis irão retornar, o que não abrange nossa área. Não aguentamos mais esta espera”, avalia.

No ato que fizeram, os trabalhadores divulgaram relatos de colegas de profissão que enfrentam processo de depressão e outros que até passam fome, sendo mantidos à base de ajuda dos amigos e da família.

De acordo com manifestantes que estavam no local, novos momentos como esse podem acontecer, dependendo das respostas obtidas na reunião com o Ministério Público Estadual, ou se o Governo não anunciar a abertura do setor gradual.

protestoeventosemjaragua2.jpg – Foto: Nil Oliveira

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