O documento, que é assinado pelos presidentes das comissões provisórias municipais do PTB no estado de Alagoas, os prefeitos, vice-prefeitos filiados e os vereadores filiados ao PTB estadual rejeita os procedimentos adotados pelo presidente nacional Roberto Jefferson. “O presidente Roberto Jeferson há algum tempo, sem qualquer discussão interna e sem ouvir eventuais posições, promove tanto em seu nome, como do PTB, ataques às instituições, e seus ocupantes, usando termos pejorativos e desqualificantes, agindo ainda em outros casos com manifesto preconceito a grupos e segmentos, com odiosas práticas homofóbicas e misóginas, o que compromete a imagem do partido e de todos os que integram as suas fileiras”.

Conforme os petebistas alagoanos, desde o mês de maio o presidente Roberto Jeferson adota a política de dissolver diretores estaduais e provocar a saída imediata ou futura de quadros históricos do partido, agindo sem motivação legal, não coletivizando a decisão como de igual modo, sem permitir o sagrado e inafastável direito de defesa a todos assegurado, como aliás, entende de maneira pacífica o TSE, defende o documento.

No manifesto, os colegas de sigla declararam seu apoio e rechaçaram as posições isoladas e ditatoriais adotadas pelo presidente Roberto Jefferson, “que destoam e divergem da ideologia partidária e dos princípios constantes da Constituição Federal, do estatuto partidário e lei 9.096/95, Lei dos Partidos Políticos”.

Por causa da cannabis

O acréscimo da sigla do PTB na comissão que tratava da votação do PL 399/15 sobre a legalização do plantio da Cannabis teria sido o pivô que “custou” o cargo de direção do partido ao deputado estadual Antônio Albuquerque e também a seu filho, o deputado federal Nivaldo Albuquerque que ocupava uma cadeira no corpo diretivo.

A expulsão da direção do PTB se deu porque o deputado Nivaldo Albuquerque, filho de Antônio Albuquerque não quis atender ao pedido ditatorial do presidente do partido e pedir que seu colega votasse contra o PL 399/15 que trata da legalização do plantio da Cannabis para uso medicinal.

Em suas redes, o parlamentar publicou que “Se fosse votar, votaria contra. Mas, como líder do meu partido não posso retirar do deputado Eduardo Costa o direito de votar de acordo com as convicções dele”.