Senador assume o governo e deixa Bolsonaro no cercadinho, encurralado

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) assumirá a presidência da República, de fato, quando ocupar a chefia do Gabinete Civil. O presidente Jair Bolsonaro comunicou nesta quarta-feira, 21, a mini-reforma ministerial, para fazer a mudança no Gabinete Civil e recriar o Ministério do Trabalho, e assim atender mais uma reivindicação do centrão.

O senador Ciro Nogueira (PP-PI) assumirá a presidência da República, de fato, quando ocupar a chefia do Gabinete Civil. O presidente Jair Bolsonaro comunicou nesta quarta-feira, 21, a mini-reforma ministerial, para fazer a mudança no Gabinete Civil e recriar o Ministério do Trabalho, e assim atender mais uma reivindicação do centrão.

O presidente está agora, literalmente, no cercadinho construído pelo centrão, e de onde não pode sair.

A notícia de que Ciro Nogueira vai ocupar o Gabinete Civil, surpreendeu o general Luíz Eduardo Ramos, atualmente na Pasta, e que tomou conhecimento da mudança pela imprensa. Mas, ele reagiu dizendo que “sou um soldado” e vai para onde o presidente mandar.

E o presidente vai mandar o general para o lugar do Onix Lorenzoni, atual ministro da Secretaria de Governo, que por sua vez deve ser nomeado ministro do Trabalho, quando Bolsonaro editar a Medida Provisória recriando a Pasta, o que está previsto para sexta-feira, 23.

Mas, essas mudanças nada tem a ver com a eficiência da máquina administrativa; na verdade, as mudanças servem para o presidente atender as exigências do centrão, e assim impedir a aprovação do impeachment, que tem 120 pedidos engavetados pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), espécie de lugar-tenente de Ciro Nogueira.

Sendo assim, ainda que haja crimes de responsabilidade cometidos pelo presidente, e há, o impeachment está descartado. O preço, evidentemente, já soma 11 bilhões de reais com o orçamento secreto comandando pelo presidente da Câmara, mais 18 bilhões de reais de verbas ministeriais.

Enquanto isso, na sala de justiça, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luíz Fux, analisa o pedido de interpelação judicial feito pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), para que o presidente Jair Bolsonaro apresente as provas de fraude na eleição em 2018.

Só para adiantar, Bolsonaro não tem prova nenhum e mente repetidamente sobre a existência de fraude.

 

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