Igreja deve enfrentar corrupção e abusos sexuais, diz documento

Para o Vaticano, o Sínodo é um convite para "caminhar juntos" no interior da Igreja, mas também "com toda a família humana" e que esse não é uma evento para "produzir documentos". Enfim, o texto ressalta que os bispos "são os autênticos protetores, intérpretes e testemunhas da fé de toda a Igreja" e não "devem temer escutar". .

Documento preparatório para o Sínodo foi divulgado nesta terça

Documento preparatório para o Sínodo foi divulgado nesta terça

Foto: Ansa / Ansa – Brasil

Texto preparatório para consultas do Sínodo foi divulgado

O Vaticano divulgou nesta terça-feira (7) o documento preparatório para a 16ª Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos ressaltando que os principais pontos de debate serão o enfrentamento à “falta de fé”, à corrupção e os abusos sexuais.

O Sínodo ocorrerá daqui a dois anos, mas os encontros preparatórios nos diversos níveis da instituição católica já começam no mês de outubro.

O texto destaca que a Igreja deve acompanhar as pessoas em seus sofrimentos, especialmente os causados pela pandemia de Covid-19 e pela pobreza, mas “não podemos esconder que a mesma Igreja deve enfrentar a falta de fé e a corrupção também em seu interior”.

Outro ponto de atenção do documento da Santa Sé é que “em particular, não podemos esquecer também o sofrimento vivido por menores e pessoas vulneráveis por causa dos abusos sexuais, de poder e de consciência cometidos por um número notável de clérigos e pessoas consagradas”.

“Por muito tempo, as vítimas deram um grito que a Igreja não soube como escutar suficientemente. Tratam-se de feridas profundas que dificilmente reemergirão, pelos quais nunca se pedirá perdão o suficiente e que constituem obstáculos imponentes no procedimento de ‘caminhar juntos’. Toda a Igreja é chamada a fazer as contas do peso de uma cultura impregnada de clericalismo”, diz ainda o texto.

Para o Vaticano, o Sínodo é um convite para “caminhar juntos” no interior da Igreja, mas também “com toda a família humana” e que esse não é uma evento para “produzir documentos”. Enfim, o texto ressalta que os bispos “são os autênticos protetores, intérpretes e testemunhas da fé de toda a Igreja” e não “devem temer escutar”. .

Ansa - Brasil

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