Francisco anunciou que nomeará vinte e um cardeais – dezesseis serão eleitores, ou seja, aptos a integrarem o conclave para escolha de um pontífice no caso de sua morte ou renúncia.

O Consistório (cerimônia oficial da nomeação) será em agosto. Entre os novos nomes, dois são brasileiros: dom Paulo Cezar Costa, arcebispo metropolitano de Brasília, e dom Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo metropolitano de Manaus (primo de dom Paulo Evaristo Arns que enfrentou os torturadores da ditadura militar). Ele será o primeiro cardeal da Amazônia, e sua indicação é um recado de Francisco em apoio a todos os líderes que se empenham na luta contra a devastação das florestas. Em decorrência, é crítica ao governo brasileiro que promove o desmatamento.

O jesuíta Francisco fez questão de deixar clara a sua opção pelos representantes da Igreja Católica que mantêm trabalho pastoral e, sobretudo, de assistência às populações carentes, e que até então não eram valorizados pelo tradicionalismo da Igreja. Nessa linha, além dos brasileiros, destacam-se dom Peter Okpalike, da Nigéria; dom Jean-Marie Aveline, da região francesa de Marselha; dom Fernando Vérgez, espanhol que preside o Governatorato para o Estado da Cidade do Vaticano; e dom Giorgio Marengo, da Mongólia.

Os governos de diversas nações, que não são de direita nem de extrema direita, vieram a público em elogios às decisões de Francisco.

Encontrado manuscrito de tratado de política do padre António Vieira

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Em visita à biblioteca da Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, a pesquisadora Ana Travassos Valdez, especialista em literatura apocalíptica e na obra do jesuíta António Vieira (1608-1697), deparou-se, incrédula, com uma relíquia: o manuscrito do padre referente ao seu importante tratado político e filosófico Clavis Prophetarum (Chave dos Profetas). Após exaustiva verificação da veracidade daquilo que tem em mãos, Ana apresentou o manuscrito de Vieira (incompleto devido a sua morte), na semana passada, ao público em Lisboa. O tratado ficou três séculos desaparecido. Ele aborda a necessidade de paz e justiça para a construção e a evolução das sociedades.

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