Em 15 anos Amazônia poderá não mais absorver CO2, diz estudo

Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Leeds, no Reino Unido, junto de pesquisadores do Belgium’s Royal Museum, na Bélgica, concluiu que as florestas tropicais estão mudando a forma com que absorvem o carbono da atmosfera – e que em 15 anos é possível que a Floresta Amazônica possa simplesmente parar de absorver o CO2.

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Enquanto os oportunistas e malucos de plantão seguem debatendo se os fatos são mesmo fatos, a realidade segue acontecendo, inclemente e, neste caso, terrível. Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Leeds, no Reino Unido, junto de pesquisadores do Belgium’s Royal Museum, na Bélgica, concluiu que as florestas tropicais estão mudando a forma com que absorvem o carbono da atmosfera – e que em 15 anos é possível que a Floresta Amazônica possa simplesmente parar de absorver o CO2.

TNM/Por Vitor Paiva


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Os pesquisadores avaliaram 300 mil árvores de tais biomas ao longo de 30 anos, e o motivo descoberto não poderia ser o mais óbvio e trágico: o desmatamento está fazendo com que as florestas percam a capacidade de absorver o carbono, e é possível que comecem a emiti-lo.

A pesquisa aconteceu através do monitoramento de árvores em 244 florestas de 11 países do continente africano entre 1968 e 2015, e comparou as informações levantadas com árvores monitoradas na Amazônia. Já na década de 2010 a pesquisa concluiu que as florestas tropicais tinham perdido um terço de sua capacidade de absorção de carbono.

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Processos naturais, como a competição entre as árvores por luz e a disponibilidade geral de nutrientes, são agravados ao extremo pelos fatores climáticos e os efeitos da ação humana sobre esses biomas. “Após anos de trabalho nas florestas do Congo e na Amazônia, descobrimos que um dos impactos mais preocupantes das mudanças climáticas já começou.

Estamos décadas à frente do que os modelos mais pessimistas poderiam prever”, diz a nota anunciado o resultado, que conclui de forma tão categórica e urgente quanto pode ser o futuro dessas florestas – e, assim, da humanidade: “Não há tempo a perder”.

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