Setor do turismo de Alagoas começa a sentir efeitos da pandemia do coronavírus

Nesta última semana, já foram registrados cancelamentos em massa de reservas em hotéis da capital, o principal destino de quem visita Alagoas.

Praias Urbanas de Maceió

Turismo de Alagoas começa a sentir o peso do coronavírus
FOTO: Arquivo Gazetaweb

Nesta última semana, já foram registrados cancelamentos em massa de reservas em hotéis

Por Marcelo Amorim | Portal Gazetaweb.com

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O setor do turismo, um dos principais da economia alagoana e que envolve bares, hotéis, pousadas, restaurantes, entre outros estabelecimentos, já é atingido economicamente pela pandemia do coronavírus, que causa a doença Covid-19.

Nesta última semana, já foram registrados cancelamentos em massa de reservas em hotéis da capital, o principal destino de quem visita Alagoas. O setor ainda calcula os prejuízos que deve ocorrer e busca plano emergencial para evitar uma crise na área.
A situação se agravou ainda mais com as medidas emergenciais tomadas em todo o País, para conter o avanço da doença e principalmente pelo cancelamento de voos pelas companhias aéreas.

Nestes últimos dias, segundo divulgado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Turismo (Sedetur), as empresas anunciaram redução de 50% nas viagens, que pode chegar a 70% nos próximos 15 dias, a depender do cenário.

A situação envolve também cancelamento de voos internacionais com apenas 5% das viagens em relação as que estavam em operação há uma semana, em todo o Brasil, conforme notificação da pasta estadual.
“Essa semana, em que as medidas emergenciais contra essa crise sanitária foram tomadas mais efetivamente aqui no estado, os hotéis registraram muitos cancelamentos. Há pouco mais de duas semanas, a ocupação para março estava em 78%, considerada boa para o início da baixa temporada.

Com esses cancelamentos em massa, houve uma redução dessa taxa, que a gente ainda está calculando, porque todos os dias o cenário muda”, pontua a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Alagoas (ABIH-AL), por meio de sua assessoria de comunicação.

Diante deste novo cenário, a entidade analisa o quadro e diz que deve solicitar à prefeitura de
Maceió e ao governo do Estado um plano emergencial, “para que o segmento consiga atravessar essa crise sem maiores prejuízos, principalmente porque o segmento é responsável pelo emprego de milhares de alagoanos”.

A entidade antecipa que, no geral, os hotéis revisaram seus protocolos de higienização e adotaram medidas como reforço na assepsia em todos os ambientes dos estabelecimentos, disponibilização de álcool em gel nas áreas comuns e nos apartamentos. “Os profissionais estão sendo treinados diariamente sobre essas recomendações, inclusive para evitar o contato físico com os hóspedes”, reforça a assessoria de comunicação da entidade.

Ciente da situação, a Sedetur informa que tem mantido diálogo constante com o trade turístico com relação às medidas de precaução necessárias às questões sanitárias, determinadas por órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ministério da Saúde. “O trade tem feito um esforço gigante para manter o Covid-19 longe de seus estabelecimentos, bares, hotéis, restaurantes e receptivos, mantendo o maior nível de segurança possível para seus clientes”, assegura o secretário Rafael Brito.

Como forma de reduzir o impacto econômico no setor, a pasta afirma que tem sugerido às empresas, como agências de viagens, que levem aos visitantes a opção de remarcarem passagens, ao invés de optarem pelo cancelamento de pacotes e viagens para Alagoas.

A medida visa ainda garantir os empregos na área. “Sobre os impactos no cenário econômico, estamos em diálogo com a Associação Brasileira de Indústria de Hotéis em Alagoas (ABIH-AL), e ainda não há grande reflexos na economia, mas isso deverá acontecer, assim como vem acontecendo em todo o mundo”, acrescenta Brito.

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