Brasília – Indo na contramão do mundo, o presidente Jair Bolsonaro agora é o único mandatário que se opõe à quarentena para combater a pandemia do Coronavírus.
Bolsonaro goza perante o mundo, ou seja, “o BolsoNero”, como se referiu a revista, numa alusão a Nero, que incendiou Roma..
TNM/Roberto Villanova
Ele alega que é para “proteger a economia e salvar os empregos”, mas na verdade o motivo é outro.
O real motivo é que o Brasil, que já vinha em declínio econômico antes da pandemia, levará no mínimo 5 anos para se recuperar e a reeleição de Bolsonaro está ameaçada com a crise que vai advir inexoravelmente.
Vamos recapitular: no ano passado, ou seja, no primeiro ano do governo Bolsonaro, quando não havia ainda a pandemia do Coronavírus, as trapalhadas do presidente levaram à fuga de R$ 44 bilhões e 400 milhões por parte dos investidores na Bolsa de Valores.
Este ano, ante de eclodir a pandemia, só nos três primeiro meses os investidores retiraram mais RS 44 bilhões e 700 milhões, ou seja, quantia superior a todo o ano de 2019, causando quedas seguidas nos pregões da Bolsa que, pela primeira vez na história, tiveram de paralisar suas atividades para acalmar o mercado. Isso, além de elevar a desvalorização da moeda brasileira.
Pela primeira vez na história do real, o dólar ultrapassou os R$ 5 reais e não chegou a mais porque o governo usou parte da sua reserva em dólar para segurar o pique.
Todos já perceberam, quando se diz todos é para se referir ao mercado externo, que o Brasil entrou em descompasso e o presidente da República caminha na contramão afugentando os investidores. A capa da influente revista inglesa The Economist é o retrato do conceito que Bolsonaro goza perante o mundo, ou seja, “o BolsoNero”, como se referiu a revista, numa alusão a Nero, que incendiou Roma..
O problema só se agrava e o presidente brasileiro agora está isolado, pois enquanto ele segue na contramão da quarentena, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, antes renitente, já jogou a toalha e pediu aos norte-americanos para ficarem em casa até o final deste mês de abril.
Ou seja, Bolsonaro se isolou também diante do mundo, como se passando recibo à capa da The Econmist.