Collor solicita ao Ministério da Educação adiamento das provas do Enem 2020

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Política

Collor apresentou solicitação nesta sexta-feira ao Ministério da Educação (MEC)
FOTO: Agência Senado

Parlamentar destacou que os estudantes mais pobres serão os maiores prejudicados se o atual cronograma for mantido

TNM/Por Jonathas Maresia | Portal Gazetaweb.com

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O senador Fernando Collor (Pros) solicitou ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, o adiamento das provas do Enem 2020, marcadas para o mês de novembro. Em ofício protocolado nesta sexta-feira (15), no Ministério da Educação (MEC), Collor destacou a importância de todos os candidatos concorrerem em condições mínimas de igualdade, o que não será possível diante da pandemia que atinge todo o Brasil.

No ofício, Collor lembrou que o quadro provocado pelo novo coronavírus implicou na suspensão das aulas presenciais. “A situação é preocupante para aqueles que prestarão o Enem este ano. Restringidos na interação próxima com seus professores, os estudantes serão muito prejudicados.

O quadro é ainda mais grave para os mais carentes, em muitos casos privados até mesmo do ensino a distância por não terem acesso à internet para atender as suas necessidades educacionais”, defendeu ele.

Para Collor, o Enem não pode ser instrumento de agravamento da injustiça social e a realização do exame na data estipulada antes da crise trará graves prejuízos para os alunos. Além disso, argumentou o senador, “promoverá aglomeração de pessoas, natural em dias de prova, ampliando o risco de contágio de nossos jovens e de proliferação descontrolada da doença”.
“Enquete por mim realizada pelo Twitter contava até a manhã de hoje [sexta-feira] com 78,5% de votos contrários à realização da prova na data prevista.

Este é apenas um dos indicativos do consenso que se forma na sociedade brasileira acerca da necessidade imperiosa de se postergar a realização das provas.

Peço, portanto, o urgente adiamento do ENEM 2020, para permitir que todos concorram em condições mínimas de igualdade e prevenir a disseminação da Covid-19. Mais vale uma vida poupada que um ano perdido”, reforçou o senador no ofício.

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