Reprodução Renan Filho e Alexandre Ayres
Por Gabriela Flores e Vanessa Alencar
Lembrando que desde abril fazia ligações de manhã e de tarde com cobranças ao Ministério da Saúde (MS), o governador Renan Filho agradeceu, nesta segunda-feira (25), ao ministro interino, Eduardo Pazuello, o envio para Alagoas de 15 respiradores convencionais e 15 respiradores de transporte para ambulância e áreas de estabilização.
Hoje à tarde, direto do Ceaf (Componente Especializado de Assistência Farmacêutica), antiga Farmex, localizado no bairro Farol, o governador e o secretário da Saúde, Alexandre Ayres, realizaram coletiva virtual de imprensa para falar sobre o recebimento dos equipamentos.
“A ajuda é válida, mas precisamos que nos ajudem mais, pois pedimos 60 respiradores”, pontuou Renan Filho, informando que o material será distribuído hoje à noite a amanhã será testado.
“Alagoas tem um número baixo de UTIs para cada 100 habitantes, mas não é por causa do setor público, mas pelo privado.
E aqui no estado o privado já colapsou e as pessoas dependem 100% do público”, prosseguiu o governador, reforçando que, antes da pandemia o estado possuía 180 leitos com respiradores, e agora foram criados 204 novos, totalizando 384 leitos com respiradores.
O governador falou ainda que não há carência no transporte de doentes. “O que falta são leitos de UTI com respiradores convencionais”, disse, informando que ainda hoje irá pedir a Pazuello os respiradores que serão destinados ao Hospital Regional de Porto Calvo, na região Norte, que será inaugurado em junho.
Conforme Renan Filho, há estudos para que sejam abertos mais 100 leitos de UTI e 300 clínicos, totalizando cerca de 1400 leitos para tratamento exclusivo de enfrentamento à pandemia no estado, no entanto, lembrou: “Essa doença é muito traiçoeira e acelera rapidamente, por isso é fundamental o distanciamento social”.
Já Alexandre Ayres acrescentou que o estado seguirá aguardando os novos equipamentos para o enfrentamento à Covid e disse que, entre o material recebido, cinco ou dez devem ser distribuídos no interior e os outros ficarão na capital. “Esse gesto do governo federal, demonstra que o momento é de união e não de política”, destacou.
“A ciência tem demonstrado que, quando identificamos os casos positivos, pela testagem, evita a proliferação da doença”, comentou o secretário de Saúde, lembrando que a montagem de leitos de UTI não depende só de respiradores, mas de bombas de infusão e outras peças e equipamentos essenciais e também mão de obra especializada.
Ainda conforme o secretário, o estado ainda espera 80 respiradores oriundos da Europa e da China e outros dez alugados de São Paulo, mas a procura no mercado seguirá.
