Quais os 2 ministros do Supremo seriam mortos?

De acordo com as gravações obtidas na operação autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, a rede comandada pelo gabinete do ódio discutia matar dois ministros do STF com “tiros pelas costas”; discutia ameaçar esposa, filhos e parentes dos ministros , entre outros crimes, “para tocar terror”.

O que é o 'gabinete do ódio' que está na mira da CPI de Fake News ...

O Brasil chegou esta semana ao primeiro lugar no número de mortes causadas pela pandemia do COVID -19, no mundo.
TNM/Por Roberto Villanova

Era nisso que ia dar – e deu -, a gestão do governo brasileira para o combate à pandemia, indo na contramão mundial.

Primeiro, o presidente Jair Bolsonaro negou a gravidade da pandemia, disse que se tratava de uma “gripezinha”; admitiu que a “gripezinha” iria “matar alguns, principalmente os velhos”; desdenhou dos números de vítimas; demitiu os médicos Luiz Eduardo Mandetta e Nelson Teich, do Ministério da Saúde, porque os ministros-médicos se recusaram a seguir as suas orientações para combater a pandemia, e se expôs às ruas, aglomerando-se em lugares público e estimulando a contaminação.

Esse é o quadro da crise fabricada pelo próprio Bolsonaro, mas referente aos seis primeiros meses deste ano de 2020. De ordinário, a crise se instalou mesmo logo após a posse, com os embates políticos internos, que levaram a saída de antigos aliados, como o falecido Gustavo Bebiano, um fiel seguidor e amigo leal, e o general Santos Cruz, entre outros.

Todos esses fieis seguidores que Bolsonaro demitiu, não por coincidência, se indispuseram com seus filhos, principalmente o Carlos Bolsonaro, que é apontado como “comandante” do chamado gabinete do ódio, de onde se disparam fake news e ataques a adversários, incluindo aí ameaças de mortes, sequestros e atentados.

De acordo com as gravações obtidas na operação autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, a rede comandada pelo gabinete do ódio discutia matar dois ministros do STF com “tiros pelas costas”; discutia ameaçar esposa, filhos e parentes dos ministros , entre outros crimes, “para tocar terror”.

É necessário que se entenda ser esse o objetivo da investigação determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, no que está corretíssimo, mas entenda-se também a reação contrária do presidente Bolsonaro, que deturpa o real objetivo da ação, mas é porque sabe que a investigação chegará fatalmente ao gabinete do ódio e que o gabinete do ódio é comandado pelo filho Carlos.

Esse é o único motivo da reação destrambelhada do presidente, que estava nervoso e por reação natural de quem está também muito preocupado. A deputada Joice Hashelmann, ex-aliada e testemunha ocular do submundo do gabinete do ódio, já disse saber o que “eles fizeram no verão passado”.

O senador Flávio Bolsonaro tentou impedir o funcionamento da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito ( CPMI ), que investiga a difusão das fake news, e não conseguiu. Chegou a pedir para o Supremo Tribunal Federal decretar a CPMI ilegal e anular todas as provas já obtidas, atitudes que explicam o nervosismo do presidente Jair Bolsonaro.

O governo só tem a “comemorar”que o país estar chegar aos 30 mil mortos, se esse número vale para a promessa de campanha. Enquanto isso, uma parte do resto do país chora os seus mortos; outra parte fica indagando: para onde o governo está levando o Brasil?

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