Defensoria vai ajudar quem teve o auxílio emergencial negado; veja quem pode contestar

De acordo com a Defensoria, o atendimento será gratuito e, preferencialmente, pela internet.

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Defensoria pública vai interceder por quem teve negado pedido de auxílio(foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
A partir desta segunda-feira (22), brasileiros que tiveram o auxílio emergencial negado pelo Governo Federal e não concordam com a avaliação poderão contar com a ajuda da Defensoria Pública da União (DPU) para contestar a decisão.

TNH1 com agências

De acordo com a Defensoria, o atendimento será gratuito e, preferencialmente, pela internet.

É importante lembrar que quem não se encaixa nos critérios legais para receber o benefício, não pode recebê-lo por meio da DPU. A contestação só será possível nos casos em que a pessoa tenha o direito, mas, por um problema cadastral, teve o pedido indeferido.

Lançamento do aplicativo CAIXA|Auxílio Emergencial
“Aqueles que tiveram o benefício eventualmente negado, por alguma desatualização no cadastro que não seja condizente com a realidade atual, têm a possibilidade de buscar ajuda para resolver a questão sem judicialização”, disse o defensor público-geral federal, Gabriel Faria Oliveira.

Para evitar aglomerações nas suas unidades nesse momento de pandemia, a DPU pede que o atendimento seja realizado, preferencialmente, de forma remota, por telefone, WhatsApp ou e-mail. “Para ser atendido, é necessário buscar o contato da DPU na cidade onde a pessoa reside por meio do site www.dpu.def.br/contatos-dpu e verificar quais são os documentos necessários para anexar ao e-mail indicado ou no formulário disponibilizado”, orientou.
Se for necessário, as pessoas serão chamadas a comparecer presencialmente às unidades da DPU.

A Defensoria Pública da União publicou, em seu site, um guia com perguntas e respostas para auxiliar pessoas que tiveram o auxílio emergencial negado e querem recorrer ao órgão para conseguir um acordo e evitar um processo judicial. Confira as principais dúvidas

É preciso ir presencialmente à DPU?
Não, e a DPU recomenda que o interessado não compareça presencialmente à DPU, salvo se solicitado pela Unidade que o atende. O atendimento da DPU ocorre de forma remota durante a pandemia (telefone, WhatsApp e e-mail)m e os contatos estão disponíveis no site do órgão.
A DPU poderá atender todas as pessoas do Brasil?

Não. A DPU está presente em todas as capitais e em mais 43 cidades do interior. Nos municípios que não fazem parte da lista, é preciso buscar um advogado particular ou procurar a Justiça Federal local. “Mesmo nos locais abrangidos pela DPU, há limites locais de atendimento, a depender da demanda e do número de defensores públicos federais atuantes na unidade”, diz a DPU em nota.

A DPU resolverá qualquer problema?
Em nota, a defensoria informa que firmou acordo que permite análise mais rápida de algumas hipóteses de indeferimento. “Para outras, ainda será necessário judicializar na Justiça Federal, o que pode demandar um período de tempo maior para análise. Além disso, também haverá hipóteses em que não será possível reverter o indeferimento.

A análise dos casos é privativa do defensor público federal responsável pelo caso”, diz a nota.
É possível procurar a Defensoria Pública do Estado para contestar o indeferimento do auxílio?

Não, já que as defensorias públicas estaduais atuam perante a Justiça estadual. Uma vez que o auxílio emergencial é uma política pública federal, a assistência jurídica gratuita fica a cargo da DPU.

Quem já procurou a DPU antes do acordo com o Ministério da Cidadania deve pedir contestação novamente?
Segundo a DPU, não é preciso, já que o defensor público federal responsável pelo caso irá fazer a contestação caso se enquadre em uma das possibilidades do acordo. “Caso seja preciso, a DPU entrará em contato contigo para pedir alguma documentação complementar”, diz a nota.

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