Dom Antônio Muniz pede calma aos fiéis que cobram reabertura de igrejas em AL

Arcebispo metropolitano de Maceió falou sobre a situação da capital, com frequente descumprimento do decreto

Dom Antônio Muniz pede calma aos fiéis que cobram reabertura de igrejas

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Arcebispo metropolitano de Maceió falou sobre a situação da capital, com frequente descumprimento do decreto

TNM/Por Jamylle Bezerra, com Assessoria

Apesar de já haver permissão para funcionamento em Alagoas, as igrejas católicas continuam fechadas, com as missas sendo realizadas de forma on-line, o que tem gerado muitas cobranças por parte dos fiéis. O arcebispo metropolitano de Maceió, Dom Antônio Muniz Fernandes, falou sobre o assunto durante celebração nessa quarta-feira (29) e, aproveitando o Evangelho do dia, pediu que todos tenham calma.

O metropolita comparou a atual situação com o trecho extraído de São João. “O mesmo que aconteceu com Marta, repete-se conosco neste tempo de pandemia, como a cobrança para reabrir as igrejas já que tudo está quase funcionando. Mas o que Jesus diz a ela? Acalma-te”.

Durante a celebração, Dom Antônio Muniz expôs a situação vivida na capital com a flexibilização nas últimas semanas, lembrando ainda que a desobediência do decreto estadual em Maceió pode levar o estado a “fechar tudo novamente”.

“O Centro está cheio, as feiras no Benedito Bentes e Jacintinho com pessoas sem máscaras; e a mesma situação se repete no interior. As pessoas estão fazendo de conta que nada existe, mas ele [o governador] deixou claro que podemos chegar ao ponto de fechar tudo novamente”.

Em reunião realizada por meio de videoconferência, o Clero da Arquidiocese debateu e apresentou o protocolo sanitário final para a reabertura das igrejas, mas sem uma data definitiva ainda.

“Vamos preparar as nossas igrejas para que, no momento oportuno, o bispo diga qual será o dia. Tudo muito tranquilo, seguindo as determinações desse documento que foi estudado pelos padres e contou com a participação dos médicos infectologistas que estão na linha de frente no enfrentamento à pandemia”.

O arcebispo falou sobre os dias que passa refletindo sobre a atual situação. “Sou responsável pelo povo católico desta arquidiocese e há uma grande responsabilidade sobre as minhas contas. Desde o dia 20 de março estou firme neste lugar, onde transformei a minha capela pessoal em uma Catedral, onde falo com todo o povo e vocês comigo. Não quero que no futuro, digam que nós fomos um dos propagadores deste vírus”.

A homilia do metropolita foi encerrada com palavras de esperança. “Vamos seguir com a coragem do Evangelho e a esperança vinda de Jesus, mantendo firme esta corrente do bem”.

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