CIÊNCIA EM ALERTA: Próxima tempestade magnética pode ser catastrófica, alerta estudo

Se em 1859 uma ocorrência do tipo destruiu a rede telegráfica dos Estados Unidos e da Europa, hoje ela aniquilaria toda a infraestrutura eletrônica do planeta, como satélites, internet, rádio e outras redes de comunicação. Para os pesquisadores do Instituto Skolkovo de Ciência e Tecnologia, é preciso se preparar para o evento.

Space/Reprodução

Livros e mapas em papel serão os únicos recursos disponíveis se houver uma tempestade solar de proporções épicas provocada pela ejeção da massa coronal do Sol.

TNM/Tecmundo

Se em 1859 uma ocorrência do tipo destruiu a rede telegráfica dos Estados Unidos e da Europa, hoje ela aniquilaria toda a infraestrutura eletrônica do planeta, como satélites, internet, rádio e outras redes de comunicação. Para os pesquisadores do Instituto Skolkovo de Ciência e Tecnologia, é preciso se preparar para o evento.

“Compreender as características extremas das erupções solares intensas e de eventos climáticos espaciais aumentados pode nos ajudar a entender melhor a dinâmica do Sol, bem como os mecanismos físicos por trás desses eventos”, disse Jenny Marcela Rodríguez Gómez, geofísica espacial e principal autora do estudo publicado agora no Astrophysical Journal.

A pesquisa reuniu dados que mostraram que as tempestades geomagnéticas mais fortes e intensas são causadas por ejeções rápidas de massa coronal, chamadas de flare. Elas interagem entre si no espaço interplanetário, intensificando a aceleração de partículas, que seria mais fraca se fosse uma nuvem isolada de plasma.

Conhecimento e previsão

Além de receber o prejuízo de trilhões de dólares, reconstruir a infraestrutura eletrônica pode levar 1 década. “Nossa sociedade tecnológica precisa levar isso a sério, estudar eventos climáticos espaciais extremos e compreender as sutilezas das interações entre o Sol e a Terra”, disse a climatologista espacial Tatiana Podladchikova.

A cada 11 anos, o Sol completa um ciclo de atividades; de acordo com as previsões, o que se inicia agora não deverá ser marcado por eventos catastróficos. “Isso não significa que elas não possam acontecer. Historicamente, eventos climáticos espaciais extremos aconteceram em ciclos moderados”, disse a astrofísica Astrid Veronig, diretora do Observatório Kanzelhöhe da Universidade de Graz, também coautora do estudo.

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