Marcha da Paz na Itália apela por reconhecimento da Unesco

Milhares de pessoas participam neste domingo (11) da Marcha da Paz Perugia-Assis, na Itália, para lutar pela paz e fraternidade e fazer um apelo para a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), às vésperas do aniversário de 60 anos do evento, que será celebrado em 2021.

TNM/ANSA

(ANSA) – Milhares de pessoas participam neste domingo (11) da Marcha da Paz Perugia-Assis, na Itália, para lutar pela paz e fraternidade e fazer um apelo para a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), às vésperas do aniversário de 60 anos do evento, que será celebrado em 2021.

Segundo Flávio Lotti, da comissão que promove a iniciativa, o evento lançou uma campanha para ser reconhecido como Patrimônio Mundial da Unesco.

Neste ano, devido aos casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2), a marcha é realizada em um formato diferente, “uma corrente estática por um gesto de grande civilidade e responsabilidade” pelas dificuldades ligadas à pandemia, e reúne 2,5 mil pessoas, que cumprirão o distanciamento de dois metros, de acordo com as normas sanitárias.

“Gostamos de caminhar juntos, mas por questões de saúde hoje é preciso ficar parado para cuidarmos uns dos outros, evitar outras infecções e respeitar as regras anti-Covid”, enfatizou Lotti.

Em relação à campanha de reconhecimento, o padre Enzo Fortunato, diretor da Sala de Imprensa do Sagrado Convento de Assis, afirmou que a marcha da paz “já é um Patrimônio Mundial” e neste ano só poderia acontecer depois da encíclica “Fratelli tutti”, assinada pelo papa Francisco em Assis.

A famosa passeata, que anualmente reúne milhares de pessoas, em sua maioria jovens, sempre traz uma “mensagem popular muito forte”, como a luta pela paz, respeito, direitos humanos e contra todas as formas de discriminação.

“Da Marcha Perugia-Assis chega cada vez uma mensagem popular muito forte, que nasce da consciência do caráter integral da paz e da estreita conexão entre as grandes questões globais, a partir da luta contra a pobreza e as desigualdades, a partir da luta contra as mudanças climáticas , da cooperação necessária para garantir aos povos o direito ao desenvolvimento sustentável que faz parte do direito à vida e ao futuro”, lembrou o presidente da Itália, Sergio Mattarella.

Em uma mensagem, o chefe de Estado ressaltou a importância da marcha cumprir as condições de segurança impostas para conter a pandemia, o que pode dar a muitas pessoas e a muitos jovens a oportunidade de expressar a vontade de um amanhã melhor e o compromisso de se tornarem geradores de paz.

“Não faltam ameaças de rearmamento nuclear. A voz daqueles que clamam pela paz, pelo respeito pelos direitos humanos e por um cessar-fogo nunca deve falhar onde quer que haja combates”, acrescentou Mattarella, enfatizando que é “muito precioso que haja consciência de uma paz exigente para cada um de nós, a partir da realidade cotidiana e de uma educação para a paz que deve ser permanente”. (ANSA)

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