O arcebispo chegou a citar o tema das fake news. Segundo ele, é preciso “usar a veste da verdade“. Em seguida, disse que “é preciso exorcizar o feminicídio” e “tudo que é tipo de violência”.
“Vamos usar a veste da verdade, não de fake news, não de mentiras, a couraça é nossa justiça, diz Paulo apóstolo. Justiça para ver menos desigualdades sociais. Nas nossas mãos, a espada do espírito para a gente então se despir de tudo que é idolatria. Às vezes idolatramos até pessoas, raças, autoridades. Tomam o lugar de Jesus esses ídolos que nos destroem. Diz Paulo, temos os pés calçados com a paz. Por isso é preciso exorcizar o feminicídio, tudo que é tipo de violência”, afirmou no sermão.
Brandes ainda falou sobre a pandemia. O Brasil tinha pelo menos 150.488 mortes por covid-19 até as 17h30 de domingo (11.out). De acordo com Dom Orlando Brandes, “é preciso sentir a dor desse povo”.
“É muito luto, é muita lágrima. A não ser que não vivamos no Brasil. É preciso sentir a dor desse povo. Porque órfãos aumentaram, pessoas viúvas estão a sós. Quanta dor, quanto sofrimento. [Maria] Dai colo, protegei no seu manto de ternura esse povo tão sofrido e agora vítima da pandemia”, disse.
“Direita é violenta e injusta”
Em 2019, também na celebração do Dia da Padroeira, o arcebispo disse que a direita é “violenta e injusta” e criticou o que chamou de “dragão do tradicionalismo”.
“Todo mundo sabe o que é direita, nós temos muitas pessoas que não aceitam o Vaticano, o Papa, por visão tradicionalista. Ás vezes com nome diferentes, com nomes antigos. São grupos muito antigos, sempre houve na igreja a ideologia da esquerda e a ideologia da direita e nós não podemos ser ideológicos, precisamos ser pessoas da verdade”, afirmou Brandes na ocasião.