Na contramão, Petrobrás perde valor de mercado

A recuperação do preço do petróleo nos últimos meses levou as petroleiras ao redor do mundo a ganharem mais tanto na operação, vendendo petróleo e derivados, quanto com a valorização das suas ações no mercado financeiro. Nessa última ponta, no entanto, a Petrobrás ficou para trás.

Roberto Castello Branco, presidente da Petrobrás, demitido por Bolsonaro

RIO – A recuperação do preço do petróleo nos últimos meses levou as petroleiras ao redor do mundo a ganharem mais tanto na operação, vendendo petróleo e derivados, quanto com a valorização das suas ações no mercado financeiro. Nessa última ponta, no entanto, a Petrobrás ficou para trás.
TNM/Fernanda Nunes

Abalada pelo receio de interferências do governo na empresa, que culminou com a demissão do presidente da companhia, Roberto Castello Branco, a petroleira brasileira perdeu 25% de valor de mercado desde janeiro – o montante caiu de R$ 381,5 bilhões no primeiro pregão do ano para R$ 286 bilhões última sexta-feira. Em trajetória oposta, alguns dos seus pares – BP, Equinor, Exxon e Shell – passaram a valer 10% mais, segundo a consultoria Stonex. A Petrobrás foi a que teve o pior desempenho no mercado financeiro no período.

Para analistas, o que mudou foi a percepção entre os investidores de que o governo está se valendo da posição de controlador da estatal para contrariar a decisão do atual comando da empresa de manter o valor dos seus combustíveis alinhados aos de importação.

Veja também: