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Ricardo Salles está passando por diversos processos; gestão do ministro pró-ruralistas enfrenta oposição na comunidade na comunidade internacional e resistência entre defensores do meio ambiente

Ricardo Salles atravessa poucas e boas nesse momento. O ministro pró-ruralistas está passando vergonha na sua tentativa de conseguir recursos para a Amazônia. Nosso país recebe aportes de diversas nações, especialmente da Europa, para auxiliar no combate ao desmatamento de nossas reservas florestais.

Ricardo Salles contra o mundo

Entretanto, a política ambiental hiper destrutiva do governo Bolsonaro tem causado rejeição de governos do mundo à fora, em especial da Noruega e dos Estados Unidos. Os EUA já afirmaram que, caso o governo não aja rápido para contenção do desmatamento, vai interromper o envio de verbas. Já o chanceler norueguês criticou Salles porque colocou os recursos como “condição” para exercer o trabalho de proteção ao Meio Ambiente.

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“A Noruega e outros países enfatizaram em conversas recentes com o Brasil que a comunidade internacional está preparada para aumentar o financiamento ao Brasil assim que o Brasil apresentar resultados na redução do desmatamento. Diminuir o desmatamento no curto prazo é uma questão de vontade política, não de falta de financiamento adiantado”, diz o ministro do Meio Ambiente da Noruega, Sveinung Rotevatn, do Partido Liberal, à BBC.

Do outro lado, Salles enfrenta grande pressão no campo jurídico. Desde o ano passado, o Ministério Público Federal (MPF) realizou pedidos de afastamento do atual Ministro. O mais recente foi feito em parceria com o Tribunal de Contas de União (TCU). Segundo o documento, que está nas mãos da ministra do STF Carmen Lúcia, Salles é responsável por obstruir uma apuração de apreensão de madeira ilegal na região amazônica, além de ter favorecido madeireiros. A denúncia ainda firma que ele faz parte de uma organização criminosa envolvida num esquema de receptação e crimes ambientais.

O delegado da superintendência da Polícia Federal do Amazonas, que também assina o texto, foi exonerado do cargo.

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“A atuação do ministro do Meio Ambiente, na sequência dos acontecimentos, revela um total descolamento das atribuições do cargo que exerce, que deveria se pautar pela defesa do meio ambiente e pela fiscalização de atividades ilegais que resultam em dano ao patrimônio ambiental brasileiro”, diz o documento apurado pela ministra do STF.

Hoje, o MPF fez um webinário com Sonia Guajajara, Davi Kopenawa, o filósofo e sócio-fundador do Instituto Socioambiental (ISA), Márcio Santilli e o procurador da República Luís de Camões Lima Boaventura. A ideia do evento era debater Projeto de Lei 191/2020, que pretende regulamentar a exploração da atividade econômica em terras indígenas. O PL foi duramente criticado e choveram críticas a Salles durante o evento.

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O cerco está fechando para Ricardo Salles.