Indignado com a postura de Bolsonaro, o senador Randolfe Rodrigues, vice-presidente da CPI da Pandemia, desabafou no seu twitter: “Temos um delinquente contumaz na presidência da República. Incluiremos a fala mentirosa e absurda do Bolsonaro, associando a vacinação à AIDS, no relatório final”.

Apesar da indignação geral causada pela fala do presidente, quando até mesmo o Conselho Federal de Medicina, que tem sido aliado do governo, se manifestou contrário, ainda que sem citar nominalmente Bolsonaro, há quem explique o absurdo da fala presidencial como a tentativa de Bolsonaro para desviar o foco sobre mais um reajuste nos preços dos combustíveis e do gás de cozinha, que passou a vigorar a partir de ontem, dia 25.

Seja como for, o fato é que a “live” do presidente causou indignação geral por reproduzir uma mentira, dando a ela o caráter de verdade oficial, uma vez que pronunciada pelo chefe da nação. O relatório da CPI está recheado de provas e essa agora, no apagar das luzes dos trabalhos da comissão, além da indignação geral que causou, deixou o procurador-geral da República, Augusto Aras, municiado para agir. Ou seja, não será por falta de provas que o procurador deixará de pedir a punição dos responsáveis pelos crimes praticados, e que estão robustamente documentados.

Não será por falta de provas que o procurador deixará de agir.