É verdade que o presidente Bolsonaro nunca foi muito do trabalho. Gasta o seu tempo em redes sociais, a insuflar o ódio e a espalhar a ignorância (e a comer pão com leite condensado).
TNM/Por Ricardo Mota
Mas de um presidente da República, seja quem for, se espera alguma solidariedade quando ocorre uma tragédia coletiva (o que ele nunca demonstrou com as vítimas da Covid-19 – com os que se foram e com os que ficaram).
Agora, nessa catástrofe na Bahia, o presidente surfa, literalmente, diante do fanatismo dos seus seguidores, que haverão de gritar “Mito!”, enquanto ele singra, risonho e debochado, os mares de Santa Catarina.
Um escárnio com quem chora e sofre.
Evidentemente, o deputado Arthur Lira, presidente da Câmara Federal e líder do Centrão, compreende o papel que lhe cabe, neste momento.
Tem agido e arregaçado as mangas para ajudar a atenuar a dor dos baianos afetados pelas chuvas. E isso não é pouco, quando se trata de gente que tem poder no Brasil.
E olhe que Lira não depende da chamada “opinião pública” para se eleger. Ao contrário de Bolsonaro, que sabe que conta com pelo menos 20% do eleitorado brasileiro, para quem ele estará certo em qualquer circunstância.
O fã-clube o seguirá, custe o que custar.