SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) – Em uma declaração publicada nesta segunda-feira (28), o Ministério das Relações Exteriores da Rússia ameaçou retaliar países europeus que enviarem armas, equipamentos militares e combustíveis para as Forças Armadas da Ucrânia, como forma de auxiliar na resistência à invasão ordenada por Vladimir Putin. Segundo a rede de TV americana CNN, a chancelaria russa afirma que cidadãos e organizações da União Europeia “não podem deixar de compreender o nível de perigo” de fornecer esse tipo de auxílio aos ucranianos.Países europeus anunciaram o envio de armamento e outros recursos para a Ucrânia em resposta à invasão russa. Ontem, o chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, anunciou o envio de caças para a Força Aérea ucraniana.Maior economia do continente, a Alemanha anunciou o envio de mil armas antitanque, 500 mísseis e 400 RPGs —granadas impulsionadas por foguete— para ajudar as forças ucranianas. Já a República Tcheca enviará metralhadoras, rifles de precisão e pistolas para os militares ucranianos. A Noruega, por sua vez, ofereceu 2 mil armas antitanque, além de equipamentos como capacetes e coletes à prova de balas.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a liberação de US$ 350 milhões em armamento para a Ucrânia.

ATAQUES À UNIÃO EUROPEIA

De acordo com a rede CNN, a Rússia ainda afirma no comunicado que a União Europeia “não esconde mais o objetivo” de afetar diretamente a população russa com suas sanções.

“Eles pretendem causar o maior dano possível à Rússia, atingir nossos pontos fracos, e destruir gravemente nossa economia, além de suprimir nosso crescimento econômico”.

Apesar disso, afirma o comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, o objetivo não será alcançado. A pasta garante que o país “continuará garantindo a realização de seus interesses nacionais vitais sem se importar com sanções ou ameaças”.

“Nós queremos garantir a vocês que isso não irá ocorrer. As ações da União Europeia não ficarão sem resposta. A Rússia irá continuar garantindo a realização de seus interesses nacionais vitais sem se importar com sanções ou ameaças. É o momento dos países ocidentais entenderem que seu domínio indiviso na economia global é coisa do passado”, conclui o comunicado