A CPI da Covid-19, quando teve um desempenho destacado, ajudou o senador Renan Calheiros a retomar parte do prestígio que ele já teve no cenário político nacional.
TNM/Por Ricardo Mota
O emedebista teve uma atuação elogiada, reinventou-se e ganhou os holofotes da imprensa nacional, desta vez de forma favorável – o que não acontecei há décadas.
Agora, mais uma vez, uma CPI – ainda não criada, oficialmente – pode lhe dar outra grande chance: de atingir fortemente o governo Bolsonaro (e seus pastores dourados) e seu maior adversário político em Alagoas – o deputado Arthur Lira.
Como nos velhos tempos, Calheiros tem se dedicado, ao modo, à tentativa de conseguir assinaturas para a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito.
Se conseguir, pode empurrar Lira para as cordas, apesar de que o presidente da Câmara – assim como o senador – não ter sustentação no eleitorado de opinião, mais politizado e exigente com a conduta, digamos, moral dos seus escolhidos (o que vale até a página 15).
Na verdade, este será um treino para 2026, quando os dois “gigantes” vão se enfrentar nas urnas na briga pelo Senado.
Ora direis: é possível que até lá os dois já tenham se transformado em siameses.
Eis vos direi, no entanto: se assim for, a memória há de apagar os maus momentos de agora. Afinal, “perdão foi feito pra gente pedir”.