Senado adia destruição de HD da CPI da Covid com marreta e furadeira

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), havia mandado servidores destruírem o HD que armazena documentos sigilosos da CPI, acatando decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. A decisão do magistrado foi tomada após mandados de segurança impetrados pelo site Brasil Paralelo e pela empresa OPT Incorporadora Imobiliária e Administração de Bens Próprios Ltda. Não foi marcada nova data para a eliminação dos arquivos.

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O senador Renan Calheiros (MDB), relator da CPI da Covid; comissão apurou ações e omissões do governo federal durante a pandemia. Foto: Gabriela Biló/Estadão - 26/10/2021 Foto: Gabriela Biló/Estadão - 26/10/2021
TNM/Por Julia Affonso

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BRASÍLIA – O Senado adiou a destruição de um HD externo com informações da CPI da Covid após o Estadão revelar que o ato ocorreria na tarde desta sexta-feira, 6. Para isso, seriam usados uma marreta e uma furadeira. A justificativa oficial foi a de que não houve comunicação do assunto ao Ministério Público Federal, mas o Estadão apurou que a repercussão negativa do fato levou à decisão.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), havia mandado servidores destruírem o HD que armazena documentos sigilosos da CPI, acatando decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. A decisão do magistrado foi tomada após mandados de segurança impetrados pelo site Brasil Paralelo e pela empresa OPT Incorporadora Imobiliária e Administração de Bens Próprios Ltda. Não foi marcada nova data para a eliminação dos arquivos.

Em agosto do ano passado, o portal e a empresa tiveram as quebras de sigilo telefônico, fiscal, bancário e telemático aprovadas pela CPI da Covid. Na ocasião, os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, e Humberto Costa (PT-PE), afirmaram que o Brasil Paralelo era suspeito “de integrar uma rede de mídias” que disseminavam fake news sobre saúde pública. Já a OPT, segundo Renan, autor do requerimento, tinha “grande correlação” com a Precisa Medicamentos. A Precisa intermediava a vacina Covaxin para o Ministério da Saúde e era investigada pela comissão.

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