Renan Calheiros e Arthur Lira / Foto: Reprodução/Montagem/Internet
É bem próprio desses tempos: o adversário virou inimigo.
A virulência com que um se refere ao outro contamina os respectivos entornos, o que vai se espalhando com muita facilidade. As expressões usadas para atingir o “inimigo” são pesadas demais, mesmo para uma disputa política – se assim entendemos que é o que acontece.
Adultos amadurecidos (?), eles têm de começar a dosar a linguagem que usam ao se referirem aos “do outro lado”, até porque a nossa tradição política não prescinde da violência.
E ainda que Calheiros e Lira não sejam personagens com história de truculência, eles haverão de saber que atraem para aliados – mesmo que temporários – figuras que acreditam na eliminação do outro como um caminho para a vitória.
Aqui, todo mundo sabe quem é quem (com suas histórias escabrosas e assustadoras).
Está na hora do freio – que eles entendam isso enquanto é tempo de evitar algo mais grave.