‘Me dava tristeza ver o jeito como Bolsonaro falava da Regina Duarte’, diz Paula Lavigne

Isolada há três meses e trabalhando como nunca, a produtora Paula Lavigne, fundadora dos movimentos. Bolsonaro é 'possuído' e tem 'energia pesada'

Paula Lavigne Foto: Leo Pinheiro/Valor

Paula Lavigne Foto: Leo Pinheiro/Valor
Produtora também afirmou que presidente é ‘possuído’ e tem ‘energia pesada’

TNM/Guilherme Amado

Isolada há três meses e trabalhando como nunca, a produtora Paula Lavigne, fundadora dos movimentos

Amazônia, em que engaja artistas na defesa da cultura e do meio ambiente, analisou ontem a passagem de Regina Duarte pela Secretaria da Cultura, em entrevista à coluna no Instagram, ao vivo.

Disse ter sentido tristeza pela forma como Regina Duarte foi tratada por Jair Bolsonaro enquanto comandou a secretaria. Para ela, Bolsonaro se referia a ela com “desprezo”.
“Me dava tristeza ver o jeito como Bolsonaro falava dela, com um certo desprezo. Ela ter de passar por essa humilhação. Ela não é odiada pela classe como pessoa, mas a posição política dela, todos ficaram chocados. Triste”.

Contra o presidente, recorreu ao humor e sugeriu que ele deveria aproveitar o apoio de grupos evangélicos para se livrar de seu estado “possuído” e de “energia pesada”:
“(O governo parece) um inferno. Ele sempre está possuído. É ligado à igreja evangélica, poderiam fazer um descarrego, tirar um encosto. Esse homem não para de xingar, agredir as pessoas. Que energia pesada. Não dialoga, provoca o tempo inteiro.

O que ele quer? O caos?”.

Lavigne, que conseguiu condenar na Justiça disseminadores da #CaetanoPedofilo, afirmou apoiar as investigações no âmbito do inquérito das fake news, conduzido pelo STF, e disse que não cabe falar em restrição à liberdade de expressão.
“A disseminação de notícias falsas tem a ver com caixa dois, dinheiro sujo. Toda a investigação é muito importante. Já deveria ter acontecido há muito tempo”.

A produtora lembrou o episódio do ataque a Caetano.
“Há quatro anos, fomos vítimas de militância digital. Quando vi o nome do Caetano nos trending topics do Twitter, com a #CaetanoPedofilo, e me explicaram o que eram os bots, ficou ficou claro que aquilo era uma máfia e tinha muito dinheiro”.

Lavigne foi a segunda convidada de uma série de entrevistas ao vivo no Instagram da coluna. O próximo convidado é o psicanalista e professor titular da USP Christian Dunker.

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