Vem aí a CPMF da era Bolsonaro, disfarçada, mas com o rabo de fora. O presidente fez o anúncio neste sábado, 18, depois de o ministro da Economia, Paulo Guedes, dizer que está arrumando as malas para ir embora, caso a nova CPMF não seja aprovada.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já avisou que é muito difícil de a CPMF voltar, mesmo que disfarçada.
Bolsonaro disse que a volta da CPMF, que ele jura não ser CPMF, mas é CPMF, vai ajudar as empresas na desoneração da folha de pagamento, impulsionando assim a economia a gerar empregos.
Não é verdade, assim como não foi verdade que a reforma trabalhista e a reforma da previdência impulsionariam a economia. Impulsionaram?
Não.
O problema crucial do governo é que os investidores estrangeiros estão retirando as suas aplicações e isto nada tem a ver com a pandemia causada pelo coronavírus. Desde a posse de Bolsonaro até agora, a fuga de capitais na Bolsa de Valores ultrapassou a R$ 100 bilhões.
De 1º de janeiro, data da posse de Bolsonaro, até junho de 2019, portanto muito antes da pandemia, os investidores retiraram o equivalente a R$ 47 milhões. Ou seja, a desconfiança no governo já era sentida nos seis primeiros meses de administração.
Preparem-se, então, para mais um chute do Paulo Guedes, à base do se colar colou. Prepare-se também para mais uma tunga no bolso, com a volta da CPMF à Bolsonaro.
