Orações em Hagia Sophia coroarão campanha muçulmana de décadas

A Associação Anatólia da Juventude de Genc (AGD) realizou protestos e orações organizadas do lado de fora da Hagia Sophia, de 1.500 anos
Interior da Hagia Sophia, em Istambul 02/07/2020 REUTERS/Murad Sezer
Interior da Hagia Sophia, em Istambul 02/07/2020 REUTERS/Murad Sezer

Foto: Reuters

Quando Yunus Genc fizer suas orações em Hagia Sophia na sexta-feira, marcará o auge triunfante de décadas de esforços de grupos de raízes islâmicas como o dele para converter o monumento antigo, reverenciado por cristãos e muçulmanos, em um mesquita.
TNM/Daren Butler e Dominic Evans
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A Associação Anatólia da Juventude de Genc (AGD) realizou protestos e orações organizadas do lado de fora da Hagia Sophia, de 1.500 anos, enquanto outro grupo promoveu uma série de campanhas jurídicas fracassadas até que um tribunal turco no mês passado finalmente decidiu a seu favor, anulando o status do monumento como um museu.

O presidente Tayyip Erdogan declarou imediatamente o edifício –uma catedral bizantina cristã por 900 anos antes de ser tomada pelos conquistadores otomanos e servir como mesquita até 1934– uma mesquita mais uma vez, com as primeiras orações a serem realizadas na sexta-feira.

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As decisões desencadearam críticas dos líderes da igreja, que disseram que a conversão ao culto exclusivamente muçulmano arrisca aprofundar as divisões religiosas. A Turquia diz que o local permanecerá aberto para visitantes e suas obras de arte cristãs protegidas.

“Lutamos por isso há anos”, disse Genc em frente à mesquita. “Hagia Sophia é um símbolo, e nós, como todos os muçulmanos, queríamos que fosse aberta como mesquita.”

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