TJ pode salvar os aposentados do corte de salário do AL Previdência

Como indicou o secretário George Santoro, esta semana, se a justiça acatar os – justos – apelos dos servidores estaduais, assume também a responsabilidade pelos problemas de caixa do governo.
O desembargador Klever Loureiro está prestes a colocar em votação, no pleno do TJ, o seu parecer sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade do novo AL Previdência, aprovado em projeto de lei.

TNM/RICARDO MOTA

A data do julgamento da matéria será definida por ele.

O ponto central, e que mais chama a atenção: a dolorosa cobrança de 14% de contribuição dos aposentados e pensionistas do Estado.

Essa questão, de fato, sensibiliza vários magistrados, que entendem a medida como “profundamente injusta”, na definição de um desembargador.

Mas o problema não tem solução simples.

Como indicou o secretário George Santoro, esta semana, se a justiça acatar os – justos – apelos dos servidores estaduais, assume também a responsabilidade pelos problemas de caixa do governo. Ainda que não seja bem assim, o recado do titular da Fazenda é claro: isso pode ter efeito no repasse dos duodécimos, inclusive do Judiciário.

A pressão é inegável.

Alguns integrantes do TJ buscam uma solução intermediária, que possa vir a atender ao governo e aos aposentados.

Relator da ADI, o desembargador Klever Loureiro, sempre atuou com independência quando ocupou uma das varas da Fazenda Estadual, mas ele será o próximo presidente do TJ, um cargo mais político, por óbvio.

Isso não significa que o Tribunal se tornará uma secretaria do governo do Estado.

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