Maia convida Bolsonaro, Toffoli e Davi Alcolumbre para encontro para  'afinar diálogo' entre poderes | Blog da Andréia Sadi | G1

Em 1552, cansados de lutarem contra a corrupção e as imoralidades na sede da colônia, os padres Manoel da Nóbrega e José de Anchieta se mudaram para o Rio de Janeiro.

Eles diziam que Salvador, a sede da colônia, estava tomada pelo pecado da corrupção do corpo e da alma, e pediram ao rei de Portugal que mandasse jovens portuguesas para se casarem no Brasil, evitando a promiscuidade sexual.

Enquanto isso, Tomé de Souza, nomeado primeiro-governador geral, instalava seu governo auxiliado por 300 servidores públicos portugueses, recrutados em Lisboa, sob a promessa de bons salários e regalias, 500 militares e dezenas de burocratas ligados ao fisco e à justiça, todos portugueses.

Esse é o gênesis da administração pública brasileira, formada por uma casta de servidores super-privilegiados, cujas regalias absurdas alimentam essa casta que está acima da lei, principalmente no que se refere à remuneração e ao direito de se aposentar com o vencimento integral.

São civis e militares.

Nos Estados Unidos, com o poderoso exército permanentemente mobilizado, o militar vai para reserva recebendo 70% do soldo na ativa; no Brasil, o militar vai para a reserva recebendo 100%, ou seja, como se permanecesse na ativa.

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Há absurdos nos três poderes, mas só o Poder Executivo e, ainda assim, excetuando-se algumas categorias, será atingido pela reforma administrativa. O Legislativo e o Judiciário ficarão de fora, inclusive, de fora do alcance da lei que fixa o teto de vencimento no serviço público.

Claro que a reforma administrativa é necessária e urgente, mas se for para atingir apenas o barnabé, ela ( a reforma ) não vai alcançar o objetivo; pelo contrário, ela pode até ampliar o fosso que separa a casta privilegiada, daqueles que não têm direito a privilégio algum.