Kássio Nunes, 48

O que se ouviu em Brasília, sobre a indicação do presidente Jair Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal, foi que: se o Silas Malafaia não gostou da indicação, então é sinal de que o presidente acertou na escolha.

Malafaia tinha um candidato e pediu para Bolsonaro nomeá-lo, mas o presidente, acertadamente, não atendeu. Tratava-se de indicação do segmento “tremendamente evangélico”, mas o presidente optou pelo desembargador do Tribunal Regional Federal da I Região, Kássio Nunes, que a ex-presidente Dilma Rousseff nomeou para o cargo na cota da OAB, como indicação do Piauí – Kássio é piauiense, de família bastante conhecida no Estado..

Kássio Nunes é católico e “tremendamente legalista”, único atributo que deve pesar na escolha de qualquer ministro do Supremo. A crença religiosa não pode e não deve ser atributo para escolher ninguém para cargo público ou privado; ser religioso não é atributo moral a priori pra ninguém.

Mas, interessante é que o presidente dos Estados unidos, Donald Trump, também indicou uma católica para a vaga na Corte Suprema de Justiça americana. Obviamente que embasado no conhecimento científico da candidata e não na crença dela.

Parabéns, então, para o presidente Jair Bolsonaro, porque uma nação se constrói com homens e nunca com religião. Lembro-me da resposta do genial escritor José Saramago, quando alguém perguntou por que ele era um homem tão bom e não acreditava na existência de Deus?

Saramago respondeu que a pergunta não é essa. A pergunta é: como alguém que acredita em Deus pode ser tão ruim?

Logo, a crença religiosa ou a ausência dela não é e jamais será atributo para medir a integridade moral de ninguém. Que o diga a deputada Flordelis, “pastora tremendamente evangélica.