“A educação se propõe como o antídoto natural da cultura individualista, que às vezes culmina em um verdadeiro culto ao eu e na primazia da indiferença. Nosso futuro não pode ser a divisão, o empobrecimento das escolhas de pensamento e imaginação, de escuta, de diálogo e de compreensão mútua. Nosso futuro não pode ser este”, insistiu.
O papa argentino fez seu pedido em um momento delicado, para o qual pediu que as pessoas sejam educadas a “não olhar para o outro lado favorecendo graves injustiças sociais, violações dos direitos, grandes pobrezas e exclusões humanas”, disse.
Francisco citou dados recentes de órgãos internacionais, que reconhecem uma “catástrofe educacional” contra as cerca de dez milhões de crianças que podem ser obrigadas a abandonar a escola por causa da crise econômica gerada pelo coronavírus.
“Isso aumenta a já alarmante brecha na educação, com mais de 250 milhões de crianças em idade escolar excluídas de qualquer atividade educacional”, lamentou.
“Consideramos que é a hora de firmar um pacto educacional global para e com as gerações mais jovens”, acrescentou Francisco.
Ele defendeu também que “um mundo diferente é possível e requer que aprendamos a construí-lo, e isso envolve toda a nossa humanidade, tanto pessoal como comunitária”.
Um processo em que “a diversidade e as abordagens possam harmonizar na busca pelo bem comum. Capacidade para criar uma harmonia: é isso o que precisamos hoje”, concluiu.