Jornalista chama Bolsonaro de ‘gay passivo’, que rebate: ‘Sou incomível’

“Não adianta tentar me cantar! Já disse que não jogo no time de vocês!”, postou Bolsonaro nas redes sociais. Nesta segunda-feira, 17 é celebrado o Dia Mundial contra Homofobia.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou as redes sociais para bater boca com o colunista da revista Istoé Ricardo Kertzman, que publicou um artigo criticando os ataques homofóbicos feitos pelo mandatário do país.
TBN/Por Redação

“Não adianta tentar me cantar! Já disse que não jogo no time de vocês!”, postou Bolsonaro nas redes sociais. Nesta segunda-feira, 17 é celebrado o Dia Mundial contra Homofobia.Pela manhã, Bolsonaro já havia dito a apoiadores na saída do Palácio do Planalto que é “imbrochável”, “imorrível e incomível”.

No artigo intitulado “Bolsonaro, além de brocha, deve ser gay ‘passivo’; só pode”;  Ricardo Kertzman diz: se “há algo que esconde, ou melhor, entrega, algumas preferências secretas, conscientes ou não, do amigão do Queiroz, é a quantidade e frequência com que repete piadinhas velhas e infantis sobre os gays. A fixação pelo ‘rabo’, então…”.

Homofobia é crime!

Desde junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o crime de homofobia deve ser equiparado ao de racismo. Os magistrados entenderam que houve omissão inconstitucional do Congresso Nacional por não editar lei que criminalize atos de homofobia e de transfobia. Por isso, coube ao Supremo aplicar a lei do racismo para preencher esse espaço.

Como denunciar pela internet

Em casos de homofobia em páginas da internet ou em redes sociais, é necessário que o usuário acesse o portal da Safernet e escolha o motivo da denúncia.

Feito isso, o próximo passo é enviar o link do site em que o crime foi cometido e resumir a denúncia. Aproveite e tire prints da tela para que você possa comprovar o crime. Depois disso, é gerado um número de protocolo para acompanhar o processo.

Há aplicativos que também auxiliam na denúncia de casos de homofobia. O Todxs é o primeiro aplicativo brasileiro que compila informações sobre a comunidade, como mapa da LGBTfobia, consulta de organizações de proteção e de leis que defendem a comunidade LGBT.

Pelo aplicativo também é possível fazer denúncias de casos de homofobia e transfobia, além de avaliar o atendimento policial. A startup possui parceria com o Ministério da Transparência-Controladoria Geral da União (CGU), órgão de fiscalização do Governo Federal, onde as denúncias contribuem para a construção de políticas públicas.

Com a criminalização aprovada pelo STF, o aplicativo Oi Advogado, pensado para conectar pessoas a advogados, por exemplo, criou uma funcionalidade que ajuda a localizar especialistas para denunciar crimes de homofobia.

Delegacias

Toda delegacia tem o dever de atender as vítimas de homofobia e de buscar por justiça. Nesses casos, é necessário registrar um Boletim de Ocorrência e buscar a ajuda de possíveis testemunhas na luta judicial a ser iniciada.

As denúncias podem ser feitas também pelo 190 (número da Polícia Militar) e pelo Disque 100 (Departamento de Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos).

 

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