O vídeo da reunião do presidente Jair Bolsonaro com médicos defensores do tratamento precoce e contrários à vacinação em massa da população, é a prova irrefutável que a CPI da Pandemia obteve e contra a qual o governo não tem argumentos.
CPI já tem as provas da existência do gabinete paralelo negacionista
O relator da CPI, senador Renan Calheiros, já está de posse do vídeo e defende a convocação de Osmar Terra, para que ele se explique. Minimizando a pandemia causada pelo coronavírus, Terra chegou a dizer que iriam morrer “umas 800 pessoas”, mas o número macabro beira agora 500 mil mortes e a previsão é que chegue perto de 1 milhão de mortos até o final do ano.
Os trabalhos da CPI serão retomados nesta terça-feira, 8, com o governo novamente encurralado pela reconvocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que terá de explicar o motivo da médica infectologista Luana Araújo não ter sido nomeada secretária-geral de combate à Covid -19.
Em tempo: a médica era contra o tratamento precoce e ao uso da cloroquina, o que contraria a orientação de Bolsonaro.
Também a médica Ludhimila Hajjar, que chegou a ser convidada para assumir o Ministério da Saúde e não aceitou porque é contra a tese do tratamento precoce com cloroquina, deverá ser convocada, fechando assim o cerco na CPI na busca das provas para a política negacionista do governo, responsável pelo atraso proposital na compra de vacinas, o que levou às quase 500 mil mortes.
CPI já tem as provas da existência do gabinete paralelo negacionista. E Gabinete do mau paralelo, assim trabalha.
