GENICIDA: Governo Bolsonaro deixa vencer R$ 243 milhões em vacinas, testes e remédios

O Ministério da Saúde deixou vencer um estoque de medicamentos, vacinas e outros itens que são avaliados em mais de R$ 240 milhões. Os lotes, que se encontram no cemitério de insumos do SUS, em Guarulhos (SP), serão incinerados. Os dados são do jornal Folha de S. Paulo, que teve acesso a uma tabela da pasta.
TNM/redação TV Cultura

 

São 3,7 milhões de itens que começaram a vencer há mais de três anos, a maioria durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).A lista de produtos vencidos inclui, por exemplo, 820 mil canetas de insulina, suficientes para 235 mil pacientes com diabetes durante um mês, no valor de R$ 10 milhões

No levantamento também consta a perda de frascos para aplicação de 12 milhões de vacinas para gripe, BCG, hepatite B (quase 6 milhões de doses), varicela, entre outras doenças, no momento em que despencam as taxas de cobertura vacinal no Brasil. Só esse lote é avaliado em R$ 50 milhões.

Os produtos vencidos também seriam destinados a pacientes do SUS com hepatite C, câncer, Parkinson, Alzheimer, tuberculose, doenças raras, esquizofrenia, artrite reumatoide, transplantados e problemas renais, entre outras situações.

Também foram perdidos cerca de 2 milhões de exames RT-PCR para a Covid-19, avaliados em mais de R$ 77 milhões.

O Ministério da Saúde também guarda cerca de R$ 345 mil em produtos perdidos dos programas de DST/Aids, principalmente testes de diagnóstico, além de R$ 620 mil em insumos para prevenção da malária.

Dados internos do governo mostram que devem ser incinerados mais de R$ 32 milhões em medicamentos comprados por ordem da Justiça. A maior parte desses fármacos é de alto custo e para tratamento de pacientes de doenças raras.

No meio desse estoque, há um frasco-ampola de nusinersena, avaliado em R$ 160 mil, e 908 frascos de eculizumab, que custaram R$ 11,8 milhões. São medicamentos usados em dois dos tratamentos mais caros existentes.

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