O relatório que será encaminhado à CPI deverá seguir a mesma linha do parecer da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) que, em abril, listou diversos crimes supostamente cometidos pelo presidente.
Na ocasião, a entidade apontou que o presidente deliberadamente agiu para retardar medidas de prevenção à covid-19 e se omitiu em situações que poderiam reduzir o número de óbitos causados pela doença.
A expectativa é que o novo relatório conterá um “maior material probatório” contra Bolsonaro do que o parecer encaminhado à OAB, em razão dos novos depoimentos e provas obtidos pela CPI.
As conclusões serão encaminhadas ao senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da comissão no Senado e responsável pela elaboração do relatório final que poderá propor medidas à PGR e à Câmara contra Bolsonaro. A expectativa é que o documento seja apresentado aos senadores até o final deste mês.
Em entrevista ao Poder360 na 6ª feira (10.set) a senadora Simone Tebet (MDB-MS) afirmou que o relatório final da CPI será um “fator muito forte” para abertura de processo de impeachment contra Bolsonaro. Entre os focos de investigação da comissão estão a aquisição de vacinas Covaxin pelo governo federal e o atraso no contrato com as demais fabricantes de imunizantes.
“Acho apenas que nós temos que aguardar 3 semanas, quando terminarmos o trabalho da CPI, onde ali vai ficar caracterizado mais um gravíssimo crime de responsabilidade do presidente da República que é a omissão dolosa no atraso de compras de vacinas”, disse Tebet.