Para se filiar ao PL, Bolsonaro exigiu que o filho, deputado federal Eduardo Bolsonaro, comandasse o partido em São Paulo, e que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, fosse escolhido candidato a governador, além de indicar a lista de candidatos a deputado federal no estado.

Em São Paulo, o PL compõe a base de apoio ao governador João Dória e já assumiu compromisso para apoiar o vice-governador, Rodrigo Garcia, como candidato a governador – Dória vai disputar a presidência da República.

Bolsonaro é o campeão de filiações partidárias, desde que se elegeu deputado federal, ele já passou por sete partidos. Tentou criar um partido para ele, mas não conseguiu as 500 mil assinaturas – com CPF -, necessárias, e só pode disputar a reeleição se estiver filiado a um partido.

Não está sendo fácil, porque é impossível atender as exigências do presidente. De olho na reeleição, muitos deputados, sobretudo no Nordeste, não querem estar vinculados à chapa de Bolsonaro por temerem ser atingidos pela rejeição. Esse temor não pôde ser disfarçado nem mesmo pelo presidente da Câmara, Arthur Lira.

O alagoano Lira está em Portugal, participando do IX Fórum Jurídico de Lisboa, e ao ser indagado se o seu partido, o PP, aceitaria a filiação de Bolsonaro, saiu-se com esta resposta: “Portas nunca tiveram fechadas, mas também não posso dizer que elas estejam abertas”.

Trocando em miúdos, Bolsonaro é o “aliado” que todos querem ver de longe na eleição. Pense! …