O posicionamento é uma tentativa da CEI de marcar distância dos protestos dos chamados “antivax”, entre os quais se incluem muitos ultraconservadores, e está alinhado com a postura do papa Francisco, defensor da vacinação. “Não faltaram manifestações de egoísmo, indiferença e irresponsabilidade, caracterizadas frequentemente por uma mal compreendida afirmação de liberdade e por uma concepção distorcida de direitos”, disse a CEI em uma mensagem.
“Tais comportamentos e discursos expressam uma visão da pessoa humana e das relações sociais muito longe do Evangelho e do espírito da Constituição”, acrescentou a conferência.
A Itália tem sido palco de protestos desde outubro, quando o governo tornou obrigatória a apresentação de um certificado de vacinação, cura ou testagem contra a Covid-19 em todos os locais de trabalho, o chamado “passe verde”.
No entanto, essas manifestações acabaram se tornando catalizadoras de focos de contágio, já que a maioria dessas pessoas não se vacinou contra o novo coronavírus.
O país atravessa um momento de alta nos casos e mortes por Covid, e autoridades políticas e sanitárias já falam em restabelecer medidas restritivas para os não vacinados, seguindo o modelo adotado na Áustria.
A Itália contabiliza quase 4,9 milhões de contágios e cerca de 133 mil óbitos desde o início da pandemia. (ANSA).
